Damasceno afirma aguardar projeto do Executivo para reabrir estrada rural

Reunião recente entre autoridades e marilienses isolados por pedágio (Foto: Divulgação)

O presidente da Câmara de Marília vereador Wilson Damasceno (PSDB) afirmou em nota pública que aguarda um projeto de lei do prefeito Daniel Alonso (PSDB) de revogação da legislação que fechou a estrada rural MAR-114 nas últimas semanas.

O Marília Notícia publicou na sexta-feira (3) em primeira mão reportagem sobre um chamamento da população para a próxima sessão da Câmara, nesta segunda-feira (6), feito por famílias marilienses que ficarão “ilhadas” pelo pedágio na SP-333 prestes a entrar em operação pela Entrevias.

A estrada rural foi fechada com aprovação dos vereadores e argumento da Prefeitura de que a via serviria de desvio do pedágio por motoristas. O aumento do fluxo de veículos colocaria as famílias supostamente em risco.

Em reunião no último dia 14 de julho entre o chefe do Legislativo, outros vereadores, representantes da administração municipal e aproximadamente 70 famílias que serão afetadas, houve a promessa de que o fechamento da estrada seria revogado.

A alternativa seria a concessão de isenção aos marilienses que ficassem separados da cidade e outros distritos, o que não deve se concretizar, segundo o MN apurou com fontes na Câmara.

A Artesp afirma que o resultado da análise sobre o tema chega ao Legislativo nos próximos dias, mas não antecipou o posicionamento em resposta enviada à reportagem.

As famílias afetadas moram ou possuem propriedades principalmente nos bairros rurais Vila Bela 1, 2 e 3, Fazenda do Estado, Centro Mesquista e Granja Shintaku.

“A verdade é que estamos assistindo um ato de egoísmo da própria Artesp e da concessionária Entrevias, que olham apenas para o próprio umbigo, pois a Entrevias instalou a praça de pedágio justamente para absorver o fluxo que vem da BR-153 e persiste na recusa da isenção”, criticou Damasceno.

O presidente da Câmara denuncia que “a audiência para discutir a instalação deste pedágio aconteceu em Assis, sem a participação de qualquer morador de Marília, e a Entrevias, que chegou ontem na cidade não leva em consideração que os moradores destes bairros vivem em Marília há mais de 80 anos”.

O chefe da Casa de Leis afirma que “inicialmente” estava agendada uma nova reunião entre as famílias afetadas e funcionários da agência reguladora (Artesp) para o dia 26 de julho. “Entretanto acabou desmarcado a pedido dos próprios moradores, após reunião na Prefeitura de Marília”.

“Diante desta situação, o presidente do Legislativo e os demais vereadores de Marília aguardam o envio para a Casa de Leis, por parte do Executivo municipal, do projeto para autorizar o desbloqueio da vicinal MAR 114, estrada que fazia a conexão nos bairros Vila Bela I, II e III e que, uma vez desbloqueada, poderá ser utilizada pelos moradores de Centro Mesquita e Fazendo do Estado para chegar a Marília sem passar pelo pedágio”, diz o comunicado de Damasceno.

Ele também afirma que apoia e incentiva “a manifestação popular na Câmara de Marília nesta segunda-feira, dia 6, justamente para que governo municipal, a Artesp e a Entrevias tomem providências e evitem este transtorno”.