Marília registra primeiro caso de chikungunya
A Prefeitura de Marília, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, confirmou nesta segunda-feira (19) o primeiro caso autóctone de febre chikungunya na cidade.
A vítima, um idoso de 65 anos que reside no bairro Vila Altaneira, zona Leste de Marília, começou a sentir os sintomas no início de dezembro de 2017, porém só procurou por atendimento médico no mês de janeiro, quando foram realizadas notificações para várias doenças, sendo que a única positiva foi para a febre chikungunya.
A Secretaria Municipal da Saúde de Marília informou que, mesmo antes do morador ter procurado por atendimento médico, já havia realizado uma grande nebulização na Vila Altaneira entre 12 a 19 de dezembro em razão de um caso positivo de dengue naquela região.
“A secretaria alerta também que as medidas de controle por parte da população precisam ser mais efetivas e constantes, procurando eliminar todos os criadouros dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, transmissores da febre chikungunya”, disse em nota o poder público.
Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, na primeira semana de março será realizado mais um grande mutirão de limpeza em toda a cidade, atendendo determinação do prefeito Daniel Alonso em fazer duas grandes operações anuais neste sentido, como já ocorreu em 2017.
No mês de janeiro de 2018 foram registrados apenas seis casos de dengue em Marília, número muito abaixo de anos anteriores.
Confira abaixo mais informações sobre a febre chikungunya.
O QUE É?
A febre chikungunya é uma doença transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. No Brasil, a circulação do vírus foi identificada pela primeira vez em 2014. Chikungunya significa “aqueles que se dobram” em swahili, um dos idiomas da Tanzânia. Refere-se à aparência curvada dos pacientes que foram atendidos na primeira epidemia documentada, na Tanzânia, localizada no leste da África, entre 1952 e 1953.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS?
Os principais sintomas são febre alta de início rápido, dores intensas nas articulações dos pés e mãos, além de dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer ainda dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Não é possível ter chikungunya mais de uma vez. Depois de infectada, a pessoa fica imune pelo resto da vida. Os sintomas iniciam entre dois e doze dias após a picada do mosquito. O mosquito adquire o vírus CHIKV ao picar uma pessoa infectada, durante o período em que o vírus está presente no organismo infectado. Cerca de 30% dos casos não apresentam sintomas.
COMO É FEITO O TRATAMENTO?
Não existe vacina ou tratamento específico para Chikungunya. Os sintomas são tratados com medicação para a febre (paracetamol) e as dores articulares (antiinflamatórios). Não é recomendado usar o ácido acetil salicílico (AAS) devido ao risco de hemorragia. Recomenda‐se repouso absoluto ao paciente, que deve beber líquidos em abundância.
COMO PREVENIR?
Assim como a dengue, é fundamental que as pessoas reforcem as medidas de eliminação dos criadouros de mosquitos nas suas casas e na vizinhança. Quando há notificação de caso suspeito, as Secretarias Municipais de Saúde devem adotar ações de eliminação de focos do mosquito nas áreas próximas à residência e ao local de atendimento dos pacientes.