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Marília
qui. 21 set. 2017

Saúde intensifica ações de controle da Leishmaniose

por Marília Notícia

Saúde mantém ações de controle da Leishmaniose (Foto: Divulgação)

Inquérito sorológico canino, intensificação da informação à população e coleta de materiais orgânicos que podem atrair o mosquito-palha, transmissor da leishmaniose, estão entre as ações da Secretaria Municipal de Saúde para o controle da doença na cidade.

Nesta semana, mais um bairro da zona norte foi incluído na intensificação.

Depois do Jânio Quadros e Alcides Matiuzzi, moradores do JK já começaram a receber os agentes de saúde, agentes de endemias e veterinários da Divisão de Zoonoses, em visitas específicas para tratar da leishmaniose. O início da coleta de materiais orgânicos (não domésticos) será anunciada em breve.

O grupo técnico que define as estratégias informou que o trabalho ainda não é considerado concluso nos dois bairros anteriores, mas a primeira etapa do ciclo tríade (educação/inquérito/coleta) caminha para o encerramento. A ação visa controlar a doença e evitar que novos moradores sejam contaminados.

A supervisora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, Alessandra Arrigoni Mosquini, lembra que diferente da dengue, zika e chikungunya (doenças provocadas pelo Aedes Aegypti) a leishmaniose é uma doença que demora a se manifestar.

“Uma pessoa pode começar a ter os sintomas vários meses após ter contraído a doença. Por isso, não podemos assegurar à população que os novos casos terão redução imediata, porque estamos fazendo a intensificação. A incidência pode continuar elevada por um tempo, até que os resultados das ações possam refletir na curva epidemiológica. Trabalhamos com essa expectativa”, explica.

Dos 12 casos humanos confirmados até agosto, cinco foram nos bairros Jânio Quadros/Alcides Matiuzzi. Uma das notificações é referente ao JK, bairro próximo e com alta densidade de moradores. Ainda na zona norte, foram confirmados dois casos no Palmital, um no Santa Antonieta e um no Primavera (veja relação completa abaixo).

INQUÉRITO

O veterinário Fábio Saraiva, que coordena o trabalho de campo da equipe que realiza o inquérito canino, explica que ainda não é possível informar os resultados em relação aos cães com a doença nos primeiros bairros apurados. Ele observa, porém, que a maioria dos casos humanos e cães com exames positivos estão concentrados próximos a endereços com criações de porcos e galinhas.

“Aumenta, em pelo menos 40%, o índice de positividade em cães nestas condições. Está sendo feito um trabalho de orientação aos moradores sobre os galinheiros, os chiqueiros e o acúmulo de materiais orgânicos. O risco pode ser potencializado ou reduzido, de acordo com a condição do ambiente”, disse o veterinário.

Moradores que mantém condições propícias a proliferação do mosquito palha já estão sendo notificados. Se o problema persistir, com o apoio da Polícia Militar Ambiental, haverá autuação com multa.

A secretária municipal de Saúde, Kátia Ferraz Santana, reforçou que o município cumpre os protocolos do Ministério da Saúde para o controle da leishmaniose.

Desde o início do ano, quando assumiu a pasta, a secretaria é assessorada pelo Grupo Técnico formado por profissionais da Vigilância Epidemiológica, Divisão de Zoonoses e Atenção Básica, com apoio da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias). As ações são informadas ao Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo e supervisionadas pelo órgão.

“A leishmaniose é uma doença grave, sistêmica, com um ciclo de transmissão progressivo e de difícil controle. Marília registrou o primeiro caso em 2011 e a doença progrediu a cada ano, tornando-se endêmica. Teremos que conviver com o risco da transmissão, porém acreditamos que, com estas ações, podemos conter este avanço. As ações são urgentes e estão sendo executadas, porém os resultados não são imediatos”, salientou Kátia.

Medidas de controle não reduzem a incidência de forma imediata, alertam especialistas (Foto: Divulgação)

 CONHEÇA O INIMIGO

A leishmaniose é causada por um protozoário transmitido pela picada do Lutzomyia longipalpis, conhecido como “mosquito palha”. O pequeno inseto se alimenta do sangue de cães, porcos e galinhas. Se reproduz facilmente em meio a matéria orgânica, encontrada nos quintais.

Os cães, além de serem contaminados e desenvolverem a Leishmaniose Visceral Canina, tornam-se hospedeiros do protozoário causador a doença. A transmissão ocorre quando o mosquito pica um animal doente e, em seguida, um humano. Por isso a importância da limpeza dos quintais e higiene e cuidado com a saúde dos cães.

SINTOMAS

A Leishmaniose em humanos é caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, fraqueza muscular e anemia, entre outras manifestações. Quando não tratada, pode provocar a morte em mais de 90% dos casos.

Em cães, podem ocorrer perda de peso, falta de apetite, apatia, feridas de pele que não cicatrizam, feridas nas orelhas, lesões oculares, falta de pelo entorno dos olhos. Nos casos em que os rins são afetados, os animais bebem muita água e urinam em grande quantidade. Os sintomas também demoram a surgir nos cães, que podem transmitir a doença mesmo sendo assintomáticos.

Atualmente, conforme protocolo do Ministério da Saúde, o tratamento do cão é admitido mediante a responsabilidade do tutor, mas não assegura o fim do ciclo de transmissão da doença para outros cães e também humanos.

LOCALIZAÇÃO DOS CASOS NOTIFICADOS

2017

4 – Jânio Quadros

2 – Palmital

1 – JK

1 – Alcides Matiuzzi

1 – Primavera

1 – Sta Antonieta

1 – Altaneira

1 – Alto Cafezal

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