Vinicius volta a criticar RIC e pede que população denuncie problemas
O prefeito de Marília, Vinicius Camarinha (PSDB), publicou um vídeo nesta quarta-feira (16) em que voltou a criticar a concessão dos serviços de água e esgoto da cidade. Em sua fala ele destacou problemas como a constante falta de água, vazamentos e a qualidade dos serviços prestados pela concessionária RIC Ambiental.
“Não podemos mais aceitar tanta falta de água, vazamentos e tanto desserviço da empresa que venceu a absurda concessão do Daem, feita no ano passado pela ex-administração”, afirmou.
Além das críticas, o prefeito fez um apelo à população, pedindo que denuncie irregularidades e problemas enfrentados com os serviços.
Investigação sobre contrato de concessão
No último dia 9, a Prefeitura de Marília abriu um processo administrativo para investigar possíveis irregularidades no contrato de concessão firmado na gestão anterior, sob o comando do ex-prefeito Daniel Alonso (PL).
O memorando enviado à Corregedoria do Município aponta supostas falhas graves no edital da Concorrência Pública nº 013/2022, que transferiu os serviços de saneamento para a empresa RIC Ambiental. A investigação busca apurar os problemas no contrato e tomar medidas para proteger o interesse público.
Custo ficou para a cidade
Além de não gerar melhorias para a população, a concessão, iniciada em setembro de 2024, gerou um alto custo ao município. Com a maioria dos 276 servidores do antigo Daem (Departamento de Água e Esgoto de Marília) rejeitando o programa de demissão voluntária, eles foram realocados para diversas secretarias, mas continuam vinculados à Agência Municipal de Água e Esgoto de Marília (Amae).
Segundo Vinicius, o custo mensal com esses servidores chega a R$ 4,5 milhões, além de outros R$ 1 milhão mensais de parcelamentos de débitos, totalizando R$ 5,5 milhões mensais. “A receita do Daem ficou com a concessionária, e a Prefeitura teve que assumir o ônus”, criticou o prefeito.
Críticas recorrentes
Vinicius Camarinha tem sido um crítico frequente da concessão, afirmando que o Daem foi “vendido a preço de banana” e que o modelo atual é insustentável. Em declarações anteriores, o prefeito chegou a dizer que o departamento de água da cidade foi “dado de presente”. Segundo ele, a situação precisa de ajustes urgentes para minimizar os prejuízos à população e aos cofres públicos.
Os próximos passos do processo administrativo, aliados às denúncias da população, serão cruciais para as ações da administração municipal em relação à concessão. Enquanto isso, o prefeito reafirma o compromisso de buscar soluções para garantir um serviço de saneamento básico de qualidade em Marília.