Servidores cruzam os braços e se concentram no paço municipal
Um grupo composto por dezenas de funcionários municipais aderiu ao chamado de paralisação por um dia e se concentra na manhã desta quarta-feira (10) em frente da Prefeitura de Marília.
O estado de greve foi declarado no último dia 26 em assembleia após recusa das propostas feitas pela equipe do prefeito Daniel Alonso (PSDB).
Manifestação com carro de som, cartazes, apitos e palavras de ordem no paço municipal devem acontecer até a parte da tarde, de acordo com José Paulino, presidente do Sindicato Servidores Municipais de Marília (Sindimmar).
Em conversa com o Marília Notícia no começo da manhã, ele ainda não sabia dizer quais as principais áreas do serviço público municipal afetadas pela paralisação, nem o percentual do funcionalismo que não trabalhou nesta quarta-feira.
Na manifestação de hoje, os servidores da Educação eram maioria. Chamou a atenção também a presença de diversas pessoas ligadas ao grupo político de Abelardo e Vinicius Camarinha, opositores ao governo de Daniel.
Paulino não descartou a possibilidade de uma paralisação prolongada, ou seja, uma greve de fato, caso a negociação salarial não avance. Reunião entre sindicato e representantes da administração municipal está marcada para esta quinta-feira (11).
Negociação
Os trabalhadores exigem 10% de reajuste salarial mais equiparação do vale-alimentação com o que é pago na Câmara (R$ 490). Servidores afirmam que a perda inflacionária apenas na atual gestão é de 8%.
O governo municipal ofereceu inicialmente um aumento de 3% mais R$ 30 no vale-alimentação, hoje em R$ 300.
Uma segunda proposta também rejeitada envolvia a oferta de índice inflacionário acumulado nos últimos 12 meses (aproximadamente 4%), aumento de R$ 50 no vale-alimentação, plano de carreira para 2020 e regularização das dívidas herdadas de gestões passadas.