Secretaria da Cultura estuda criação de Museu do Café em Marília

A Secretaria Municipal da Cultura de Marília realiza estudos preliminares para avaliar a viabilidade técnica e administrativa da criação de um Museu do Café no município. A informação foi comunicada oficialmente à Câmara Municipal em resposta a um requerimento do vereador e presidente do Legislativo, Danilo da Saúde (PSDB).
Em documento assinado pela secretária Taís Vanessa Monteiro, a pasta informou que o projeto está sendo desenvolvido em conjunto com a Secretaria de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico e que o estudo “observa os princípios da legalidade, da economicidade e da responsabilidade orçamentária.”
Segundo o comunicado, a proposta “está sendo analisada com o devido cuidado, buscando-se alternativas de parceria com a iniciativa privada e com entidades do setor cafeeiro, de modo a viabilizar o empreendimento sem comprometer os recursos públicos destinados às demais políticas culturais.”
Unificação de acervos
O requerimento apresentado por Danilo da Saúde (PSDB) sugere que o museu reúna acervos históricos da Comissão Organizadora dos Registros Históricos de Marília e da Câmara Municipal, além de colaborações de produtores e entidades ligadas à cafeicultura.
Para o vereador, o objetivo é valorizar a cultura local e fortalecer a cadeia produtiva do café, com benefícios “culturais, turísticos, econômicos e sociais.”
O parlamentar destacou ainda a realização do primeiro Festival do Café de Marília, em celebração ao centenário da Fazenda Cascata, considerada marco da fundação do município. O evento também marcou a inclusão da cidade no Programa Rota do Café, do Governo do Estado de São Paulo.
Histórico cafeeiro
A agricultura cafeeira tem papel central na formação histórica de Marília. No início do século XX, o cultivo do café impulsionou a ocupação da região. Em 1913, o governo estadual iniciou a abertura de estradas que permitiram a chegada de colonos e investidores.
O fazendeiro Cincinato Braga determinou o plantio de 10 mil pés de café na Fazenda Cincinatina e, em 1923, com a expansão das plantações no Alto Cafezal, foi fundado o patrimônio que deu origem à cidade — nome que ainda hoje identifica um dos bairros centrais.