Santa Casa trabalha na prevenção ao câncer de próstata
A Santa Casa de Misericórdia de Marília realiza trabalho de prevenção e combate ao câncer de próstata na campanha nacional Novembro Azul. Para conscientizar os homens sobre a importância da realização do exame de toque retal e consequentemente a detecção precoce da doença, o que aumenta consideravelmente as chances de cura, diversas atividades estão previstas para acontecer no hospital.
No dia 14 de novembro, a partir das 14h, no salão de reuniões da Santa Casa, o médico urologista André Guzzardi vai passar informações importantes aos pacientes da Oncologia, do Ambulatório de Tabagismo e colaboradores da instituição, no sentido de informar sobre a doença, como prevenir e de que forma procurar um serviço de saúde para estimular possíveis diagnósticos precoces.
Fitinhas azuis estarão sendo entregues no hospital durante este mês de novembro e folhetos informativos distribuídos aos pacientes e colaboradores para alertar os homens sobre os riscos do câncer de próstata.
Trata-se do tipo de câncer mais comum entre os homens, sendo a causa de morte de 28,6% da população masculina que desenvolve neoplasias malignas. No Brasil, um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata, segundo os dados mais recentes do Inca (Instituto Nacional do Câncer).
A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, que pesa cerca de 20 gramas e se assemelha a uma castanha. Ela localiza-se abaixo da bexiga e sua principal função, juntamente com as vesículas seminais, é produzir o esperma.
Na fase inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas e quando alguns sinais começam a aparecer, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, dificultando a cura. Na fase avançada, os sintomas são: dor óssea, dores ao urinar, vontade de urinar com frequência, presença de sangue na urina e/ou no sêmen.
Entre os fatores de risco estão: histórico familiar de câncer de próstata: pai, irmão e tio; raça: homens negros sofrem maior incidência deste tipo de câncer; e obesidade.
De acordo com informações do Ministério da Saúde, a única forma de garantir a cura do câncer de próstata é o diagnóstico precoce. Mesmo na ausência de sintomas, homens a partir dos 45 anos com fatores de risco, ou 50 anos sem estes fatores, devem ir ao urologista para conversar sobre o exame de toque retal, que permite ao médico avaliar alterações da glândula, como endurecimento e presença de nódulos suspeitos, e sobre o exame de sangue PSA (antígeno prostático específico).
Cerca de 20% dos pacientes com câncer de próstata são diagnosticados somente pela alteração no toque retal. Outros exames poderão ser solicitados se houver suspeita de câncer de próstata, como as biópsias, que retiram fragmentos da próstata para análise, guiadas pelo ultrassom transretal.
A indicação da melhor forma de tratamento vai depender de vários aspectos, como estado de saúde atual, estadiamento da doença e expectativa de vida. Em casos de tumores de baixa agressividade há a opção da vigilância ativa, na qual periodicamente se faz um monitoramento da evolução da doença intervindo se houver progressão da mesma.