Reajuste no preço da gasolina já é repassado pelos postos de Marília
A Petrobras mal anunciou o aumento de 6,3% no preço da gasolina nesta segunda-feira (5), e o reajuste já começou a ser feito quase que imediatamente por muitos postos de combustíveis em Marília.
Segundo o último levantamento feito pela Agência Nacional do Petróleo, Biocombustível e Gás Natural (ANP) em Marília, no fim do mês passado, o preço médio da gasolina ao consumidor final era de R$ 5,28 o litro.
Nas refinarias da Petrobras, o preço do litro da gasolina aumentou R$ 0,13, mas o impacto na cadeia – até a chegada nas bombas – pode ser ainda maior.
Agora, em Marília, os valores praticados já são outros em relação aos da semana passada. “Se não repassarmos hoje mesmo, iremos nos descapitalizar ainda mais, pois o aumento foi significativo”, explicou o proprietário de um posto de combustíveis ouvido pela reportagem do MN, nesta terça-feira (6).
Outro empresário do ramo disse que o repasse seria feito imediatamente pela maioria deles. “Todo mundo trabalhando sem estoque devido ao alto custo. A cotação é internacional. O barril do petróleo bateu US$ 77”, afirmou.
A gasolina não é o único combustível a ter reajuste anunciado pela Petrobras. O mesmo aconteceu com o diesel, com acréscimo de R$ 0,10 no litro vendido pelas refinarias.
A estatal anunciou ainda que o preço médio de venda do GLP (gás de cozinha) para as distribuidoras passará a ser de R$ 3,60 por kg, refletindo um aumento médio de R$ 0,20 por quilo.
EXPLICAÇÃO
A Petrobras afirma que evita repassar imediatamente a volatilidade externa aos preços do mercado interno, mas busca o equilíbrio de seus valores com o mercado internacional e a taxa de câmbio. Segundo a estatal, tal alinhamento “é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga suprido sem riscos de desabastecimento pelos diferentes setores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras”.
Até chegar aos consumidores finais, os preços cobrados nas refinarias da Petrobras na venda às distribuidoras são acrescidos de impostos, custos para a mistura obrigatória de biocombustível, margem de lucro de distribuidoras e revendedoras e outros custos.
“Para o GLP especificamente, conforme Decreto nº 10.638/2021, estão zeradas as alíquotas dos tributos federais PIS e Cofins incidentes sobre a comercialização do produto quando destinado para uso doméstico e envasado em recipientes de até 13 kg”, explica a Petrobras, que acrescenta que, no caso do GLP, o preço final é acrescido do custo de envase nas distribuidoras.