Professores pedem segurança na volta às aulas
Professores da rede municipal de ensino de Marília farão, nesta segunda-feira (10), uma manifestação para cobrar da Prefeitura um diálogo com os servidores sobre a retomada das aulas presenciais.
Para os profissionais, o período é de incerteza pela falta de vacina e remédio de eficácia comprovada contra a Covid-19.
A concentração dos professores será a partir das 15h30 na rua Pedro de Toledo nº 936, em frente o Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos Municipais de Marília (Sindimmar).
O presidente da entidade sindical, José Paulino, destacou que os professores não são contra a volta às aulas.
“Muito pelo contrário. A maioria quer voltar a dar aulas presenciais. Porém, isso deve ocorrer desde que haja segurança para os alunos e para os servidores. Visitei várias escolas, onde estavam entre cinco e seis funcionários trabalhando com EPIs (Equipamento de Proteção Individual) e até álcool gel que foram levados pelos próprios trabalhadores, pois a administração não forneceu”, disse Paulino.
A professora Bruna Marcelino explicou que “os professores conhecem a realidade das escolas e eles não sentem segurança para esse retorno”.
Segundo Bruna, os professores e a população querem o retorno das aulas presenciais, desde que haja condições de trabalho.
“Estamos construindo uma carreata no sentido de tentar buscar um diálogo com o governo municipal, com prefeito Daniel Alonso, que não tem atendido a categoria, que tem tomado decisões sem escutar as pessoas que estão à frente dos serviços prestados à população. A falta de diálogo é tão grande, que foi enviado um questionário para os pais, para que eles se posicionem sobre a volta às aulas e em momento nenhum foi proposto um diálogo com os próprios servidores da categoria. Muito pelo contrário, o que nós temos nesse governo é um forte ataque aos trabalhadores, no sentido de censurar os servidores que são críticos as posições do governo”, finalizou.
Outro lado
O Marília Notícia pediu um posicionamento da Prefeitura de Marília sobre o assunto. Através de nota, a administração disse que “a Secretaria Municipal da Educação não foi procurada oficialmente por nenhum representante do sindicato.”
“Mas já foi dito que o retorno das aulas presenciais estará em consonância com o governo estadual seguindo as orientações que garantam principalmente a saúde de alunos e servidores (tanto que foi iniciado processo para aquisição de equipamentos de segurança)”, diz a nota.
Ainda segundo a resposta, “já foi dado início a formação de um comitê geral com representante da saúde, vigilância sanitária, Conselho Municipal de Educação, Assistência Social e representantes da SME. Tais segmentos tem até a tarde de hoje para enviarem os representantes (receberam a solicitação por ofício). Formado esse comitê geral ele estabelecerá as regras para a formação de subcomitês locais (dentro da realidade de cada região e escola)”.
“Vale destacar que a Prefeitura em nenhum momento divulgou que as aulas iriam retornar, mesmo porque o cenário é incerto. Todas as medidas que virem a ser tomadas serão devidamente comunicadas”, finaliza o comunicado.