Prefeito de Sorocaba é afastado do cargo após operação da PF na Saúde
O prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), foi afastado do cargo por 180 dias nesta quinta-feira (6), por decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3). A medida ocorreu durante a segunda fase da Operação Copia e Cola, da Polícia Federal, que apura supostas irregularidades em contratos da Secretaria de Saúde do município. O vice-prefeito Fernando Neto (PSD) assumiu interinamente o comando da Prefeitura.
De acordo com a Polícia Federal, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva, além da suspensão da função pública do prefeito e da proibição de contato com outros investigados. A Justiça também determinou o bloqueio de bens de alguns suspeitos, totalizando cerca de R$ 6,5 milhões.
Entre os presos está o empresário Marco Silva Mott, amigo de Manga, suspeito de atuar como lobista e lavar dinheiro em contratos com a administração municipal. Em nota, a defesa de Mott afirmou que a prisão “ocorreu em virtude de conjecturas e suposições da polícia judiciária” e que o empresário “sempre esteve à disposição das autoridades”.
A Operação Copia e Cola teve início em abril deste ano com o objetivo de desarticular uma organização suspeita de desvio de recursos públicos por meio de uma Organização Social (OS). Documentos e materiais apreendidos na primeira fase da investigação teriam levado à identificação de novos envolvidos.
Em publicação nas redes sociais, Manga afirmou ter sido surpreendido pelo afastamento. “Acredite se quiser, me afastaram do cargo de prefeito. […] O que a gente ouve de bastidores é que os caras tentam tirar do jogo qualquer um que ameaça a candidatura deles”, disse.
Rodrigo Manga foi eleito prefeito em 2020, após dois mandatos como vereador, e reeleito em 2024. Com formação em marketing, ganhou notoriedade nas redes sociais ao divulgar vídeos sobre ações da prefeitura, o que lhe rendeu o apelido de “prefeito tiktoker”. Parte do conteúdo publicado é alvo de questionamentos do Ministério Público por suposta disseminação de desinformação.