Prefeito Daniel responde a nove acusações de improbidade
Em seu último ano de mandato, o prefeito de Marília e pré-candidato à reeleição Daniel Alonso (PSDB) coleciona contra si nove denúncias de improbidade administrativa. E em pelo menos uma das ações civis públicas ele foi condenado em primeira instância.
É o caso de uma das dispensas de licitação na área da Cultura, cuja sentença saiu em novembro do ano passado. Alonso e o secretário da Cultura, André Gomes, recorrem da decisão.
A mesma dupla responde ainda a outros três processos parecidos, envolvendo dispensa de licitação na mesma pasta com empresas diferentes. A prática vem desde governos passados, igualmente na mira da Justiça pelo mesmo motivo.
Daniel e o secretário de Esporte e Lazer, Eduardo Nascimento, também respondem uma ação justamente pela compra direta, sem licitação.
Em alguns casos, as denúncias feitas pelo Ministério Público (MP) ainda não foram aceitas pela Vara da Fazenda de Marília e estão sob análise.
Quase todas as denúncias envolvem não apenas o prefeito, mas também outros de seus secretários, ex-secretários e até mesmo adversários políticos.
Em uma ação aceita na semana passada, se tornaram réus junto com o atual prefeito e seu secretário de Meio Ambiente, Vanderlei Dolce, o ex-prefeito e hoje deputado estadual Vinicius Camarinha (PSB) e antigos auxiliares dele.
O motivo da ação foi a prorrogação supostamente ilegal do contrato para coleta do lixo hospitalar desde o final de 2013 até meados de 2018. Os pagamentos para a empresa no período de possível irregularidade ultrapassaram R$ 6,8 milhões.
Vanderlei também responde sobre quando era secretário de Assuntos Estratégicos, junto com o prefeito, pelo suposto uso indevido da máquina pública. O motivo foi a instalação de banners com informações distorcidas sobre a aprovação do governo. Faixa foi instalada inclusive dentro da Prefeitura, segundo o MP.
Um dos processos de improbidade mais emblemáticos da atual gestão envolve a perda de toneladas de carne que iria para a merenda. Junto com Alonso são réus o ex-secretário da Educação, Beto Cavallari, e duas servidoras.
O caso pode ser julgado em breve no Fórum local. A audiência de instrução e julgamento está marcada para o dia 21 de janeiro, semana que vem.
Na mesma data acontece outra audiência envolvendo um dos processos de improbidade contra Daniel. Mas trata-se de uma audiência de conciliação que pode colocar fim à denúncia feita após a doação de um terreno para loja maçônica.
Neste caso também foram denunciados os secretários de Administração, Cássio Pinto, e Planejamento Urbano, José Antônio de Almeida. Outro réu é o assessor especial do prefeito, Alysson Alex Souza e Silva, ex-procurador-geral do município.