Padre admite que armazenava vídeos com pornografia infantil
O padre Denismar Rodrigo André, de 42 anos, admitiu em depoimento à polícia que armazenava material de pornografia infantil, mas negou compartilhar o conteúdo ou cometer qualquer crime sexual contra crianças. O pároco pagou a fiança e responderá pelo crime em liberdade.
Ele foi preso em flagrante na manhã desta quarta-feira (10) por policiais civis da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) em um imóvel onde morava com outros familiares em Tupã. Denismar era responsável pela paróquia Nossa Senhora de Fátima do Jóquei, zona Sul de Marília.
Foram apreendidos HD externo, pen drive, notebook, celular e computador com material de exploração sexual na casa do sacerdote.
Segundo a delegada da DDM de Tupã, Cristiane Camargo Braga, não existe nenhuma denúncia de crimes sexuais contra ele.
“Não temos nenhuma denúncia registrada de crime sexual cometido pelo padre. Ele alegou que tinha o material guardado, mas não compartilhou com ninguém”, disse.
Questionada sobre os brinquedos infantis apreendidos no imóvel onde ocorreu a prisão, Cristiane revelou a justificativa de Denismar. “Ele disse que todos os brinquedos pertencem a uma criança que mora na casa, filha de sua irmã”.
A Diocese de Marília se manifestou no final da tarde de ontem sobre a prisão. Em nota assinada por Dom Luiz Antonio Cipolini, Bispo Diocesano de Marília, a Igreja Católica afirmou estar ‘consternada’ com a notícia e que já afastou o padre seu suas atividades clericais.
A pena para quem armazena material de pornografia infantil é de um a quatro anos de prisão em regime fechado. Para quem compartilha, a pena é de três a seis anos de prisão. A punição aumenta para quatro a oito anos de prisão para quem produz esse tipo de material.