Os desafios de ser mulher no mercado de trabalho
Hoje é Dia Internacional da Mulher e conversamos com algumas colaboradoras da Webby sobre suas experiências de vida e no mercado de trabalho. Mais do que parabenizar, é sempre importante ouvir o que cada uma dessas mulheres incríveis tem a dizer.
Mesmo que as coisas estejam mudando, ser mulher no mercado de trabalho ainda apresenta diversos desafios. As mulheres assumem jornadas múltiplas diariamente: trabalho, casa, família, estudos. E todos os dias dão conta do recado com maestria. Apesar disso, para muitas ainda é difícil se convencer do quanto são capazes, já que ainda são muito subestimadas pela sociedade como um todo.
Um exemplo disso é a Letícia Oliveira, de 22 anos, que há quatro meses está vivendo a realização de um sonho como Analista de Redes na Webby, mas até pouco tempo atrás ainda duvidava disso. “Desde quando estava no Suporte, trabalhar no NOC era meu sonho, mas nunca imaginei que eu conseguiria”.
Hoje, Letícia é a primeira mulher a integrar o Centro de Operações de Rede (NOC) da Webby e se sente realizada trabalhando onde sempre quis estar. “É difícil para a mulher, principalmente na área de tecnologia. Você pode atender a todos os requisitos, mas se aparecer um homem ele vai ser escolhido. Infelizmente, as pessoas ainda acham que a mulher é limitada”, conta Letícia.
Em posições de liderança, também há o preconceito e a dúvida sobre a capacidade da mulher. É o caso de Polyanny Forte, de 35 anos, que trabalha desde os treze anos de idade, é pós-graduada em Qualidade e Marketing, já esteve em áreas diversas como saúde, comércio, indústria alimentícia, educação, mas também encontrou muita resistência na liderança em algumas dessas experiências. “Já passei por situações anteriores onde, por ser mulher, minha voz era barrada, era extremamente questionada”, afirma ela.
Também são muitas as tarefas pelas quais a mulher assume a responsabilidade, mas para Carina Conte, Gerente de Sucesso do Cliente na Webby, “ser mulher é justamente esse ser excepcional que consegue dar conta de tudo o tempo todo”.
Carina tem 36 anos, é casada e tem uma filha de 15 anos. Hoje, após treze anos de atuação no setor de telecomunicações, ela enfrenta um novo desafio: a gerência. Para ela, a primeira sensação quando recebeu a proposta foi o medo de não conseguir conciliar tantas coisas, mas no fim, ser mulher é isso: “um ser multifacetado de coisas, de sensações, esse turbilhão de emoções que a gente sente. É conseguir lidar com o trabalho e com os filhos estando de TPM, estando em dias ruins, com dor nas costas”, conta Carina.
Suelen Sousa vivencia algo parecido: aos 30 anos de idade assumiu o cargo de Head de Suprimentos na Webby há três meses, e tenta conciliar isso com sua vida como mulher casada, com dois filhos e cristã. Mas mesmo com tantas responsabilidades, ela tem a convicção: “Eu sou apaixonada pelos dois universos. Nunca passou pela minha cabeça não trabalhar. Eu trabalho por uma realização pessoal e trabalho pela minha família”.
Para a Head, os papéis que a mulher exerce fora do ambiente de trabalho, são capazes de torná-la ainda mais capaz em sua profissão. Como líder de quase cinquenta colaboradores na Webby, Suelen afirma que sua função assemelha-se muito às suas responsabilidades como mãe: “Acompanho o desenvolvimento dos meus filhos e tenho que prover o caráter deles. Automaticamente, a gente lidera a vida! E é basicamente replicar essa liderança com novos objetivos e novas metas aqui no trabalho”.
Carina concorda e conta que leva muitos dos seus aprendizados em casa, na convivência com sua família, para o âmbito profissional. “O que eu tenho como mãe, como esposa, trago para o trabalho para conseguir lidar com essa diversidade de profissionais com perspectivas diferentes”.
Para todas as Webbers que conversamos, ser mulher, mãe, esposa, impacta positivamente em seu trabalho, trazendo habilidades e perspectivas únicas que permitem executar suas funções ainda melhor. “Não desmerecendo os homens, mas eu acredito muito que mulheres conseguem abrir várias caixas ao mesmo tempo e não se perderem”, afirma Polyanny.
Para além dos desafios, ser mulher carrega uma série de benefícios para o mercado de trabalho, como a capacidade de ser multitarefas, habilidades de comunicação e negociação bem desenvolvidas e a capacidade de trabalhar em equipe de forma eficiente. Essas características tornam as mulheres excelentes líderes e colaboradoras em qualquer ambiente profissional.
E o inverso também é verdadeiro. Polyanny conta que muitas habilidades profissionais impactam na sua vida pessoal, como gestão de tempo e gestão de orçamento. Mas tem seus poréns, “a gente sempre quer entregar tudo perfeito no trabalho, nos estudos, em casa, na família, e isso às vezes sobrecarrega”. Na tentativa de ser sempre eficiente, de vencer os preconceitos e se provar, é importante atentar-se em não perder o equilíbrio e entrar em um ciclo nada saudável.
Por isso, o sentimento de orgulho é muito importante para as mulheres. Elas reconhecerem o seu trabalho e o quanto são capazes de alcançar, tira esse peso de sempre se reafirmar. Uma prova disso é a Alessandra Bertoloto, de 30 anos, casada e com duas filhas, que trabalha há quase dois anos como Técnica de Manutenção da Webby e tem muito orgulho do que faz.
Ela conta que a maior surpresa com uma mulher na posição de técnica vem dos próprios clientes, que estão acostumados a verem apenas homens no ramo. “É gratificante, porque muitas mulheres levam isso como um desafio, nasce uma vontade de seguir uma carreira assim também. É inspirador”, conta a Técnica.
E para vencer as barreiras e permanecer firme em seus objetivos, alguns fatores são importantes. Carina fala sobre a importância de ter uma rede de apoio para superar esses desafios, “o principal é a gente se cercar de uma rede de apoio familiar, de amigos, de pessoas que nos deem possibilidade de crescimento, ter líderes e chefes que a gente possa contar nesse aprendizado e se cercar de boas pessoas”.
Essa rede de apoio auxilia em um ponto importante levantado pela Suelen: “O maior desafio da mulher é vencer o que a sociedade fala, que a mulher não dá conta, tem que cuidar de casa, filho e acaba não tendo uma entrega tão boa. Mas tem sim!” Com apoio, fica um pouco menos desafiador acreditar na própria capacidade.
Já Alessandra afirma que “hoje em dia a mulher é mais valorizada, mais respeitada, exatamente porque ela se coloca nessa posição, ela vai pra cima e trabalha fora, cuida dos filhos… muitas mulheres cuidam de uma casa sozinhas!” Por isso, também é fundamental que as mulheres reconheçam seu potencial, sua capacidade de vencer todos os desafios, para que de fato possam fazê-lo. Para isso, é preciso coragem, mas isso não falta para elas.
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