Operação contra pedofilia cumpre três mandados em Marília
Uma força-tarefa entre Polícia Civil e Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (25) a operação Black Dolphin, onde são cumpridos 220 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de pedofilia. Em Marília foram três mandados.
A ação é coordenada por policiais do Demacro e do Deinter-5 (São José do Rio Preto). Os mandados são cumpridos nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Os três mandados de busca e apreensão em Marília foram expedidos pela Vara da Infância e Juventude de São José do Rio Preto.
Nos três locais que foram vistoriados pelos policiais, a princípio não foram encontrados o armazenamento ou troca de imagens envolvendo pornografia infantil.
Todos os equipamentos foram apreendidos e vão passar por perícia. Os mandados foram cumpridos nas zonas Leste e Oeste de Marília.
A Black Dolphin começou com uma investigação em 2018. Os policiais descobriram que um suspeito de pedofilia pretendia vender sua sobrinha para predadores sexuais na Rússia.
O plano dele era levá-la à Disney da Europa e entregá-la para os criminosos na Rússia, alegando que ela teria desaparecido no parque.
A partir disso iniciou-se uma investigação de organização criminosa em 2019, relacionada aos crimes de pedofilia, estupro de vulnerável e afins.
Foram realizadas infiltrações em mais de 20 comunidades na chamada ‘deep web’ e encontrados mais de 10 mil contas de e-mails, além de cinco nuvens exclusivas com imagens contendo abuso infantil.
Também houve o encontro de predadores que produzem, compram e vendem material de pedofilia, além de sequestro e tráfico de crianças para abusos.
Em 2019 foi localizado o “nick name” de um provável chefe da organização criminosa. Ele chegou a dizer que estava protegido pelo anonimato e que “as leis brasileiras são ridículas”.
O nome da operação, Black Dolphin, é em referência a uma prisão localizada na fronteira com o Casaquistão, conhecida por abrigar presos condenados à prisão perpétua e “pelo rigor no tratamento dos detentos”.
“[O nome] foi escolhido em razão dos investigados afirmarem que as leis brasileiras são ridículas e que não haveria prisão, no Brasil, capaz de segurá-los; e que em razão de suas habilidades, somente a Colônia 6 Russa, conhecida como Black Dolphin, seria capaz de detê-los”, registrou a PF em nota.
Veja abaixo vídeo das viaturas em Marília se preparando para a operação.