Marília tem alta de mais de 100% nos óbitos entre 30 a 49 anos
Pessoas mais jovens e que ainda não receberam imunização foram as faixas etárias que registraram crescimento percentual no número de mortes no mês de abril em relação à média no período da pandemia.
O aumento percentual de mais de 100% no número de óbitos por Covid-19 de pessoas mais jovens, na faixa etária entre 30 e 49 anos, contabilizados pelo Cartório de Registro Civil de Marília no mês de abril, o pior desde o início da pandemia no município, é claro em apontar que a vacinação em massa de sua população é o melhor caminho para a crise de saúde pública causada pela Covid-19.
Ainda aguardando o cronograma de vacinação para a faixa etária na cidade, a população mais jovem viu crescer os números absolutos e percentuais de óbitos em abril, o mês com maior número de mortes causadas pelo novo coronavírus em Marília, e também em relação à média de mortes de sua idade desde o início da pandemia.
No município, a faixa etária que registrou o maior percentual de aumento em relação à média desde o início da pandemia foi a da população entre 30 e 39 anos, crescimento de 237% no número de óbitos em abril na comparação com o período que vai de março de 2020 a março de 2021. Os números absolutos de falecimentos desta faixa etária também aumentaram em abril, passando de 5 em março para 9 no último mês.
Na sequencia, a faixa etária que vai dos 40 aos 49 anos viu o aumento do número de óbitos crescer 128% em relação à média para esta faixa etária desde o início da pandemia. O crescimento também se deu nos números absolutos em relação a março, passando de 11 para 22. Outra faixa etária que registrou crescimento foi a de pessoas entre 60 e 69 anos, onde houve aumento de 26% em relação à média desde o início da pandemia, e também em números absolutos na comparação com março deste ano, passando de 22 para 56 óbitos em abril.
Ainda em crescimento, mas em patamares inferiores, as populações entre 50 e 59 e 70 e 79 anos registraram aumentos de mortes de 1% e 9%, respectivamente, em relação à média desta idade no período. Para os mais jovens, também houve um aumento de falecimentos na comparação com março, passando de 17 em março para 29 em abril. A faixa entre 70 e 79 anos também registrou aumento em abril na comparação com março, passando de 31 para 50 óbitos no último mês.
Nas demais faixas etárias, já vacinadas, o número de óbitos caiu em relação à média desde o início da pandemia, reduzindo 69% na faixa entre 80 e 89 anos, e 39% na população entre 90 e 99 anos.
Os dados constam no Portal da Transparência do Registro Civil (http://transparencia.registrocivil.org.br/inicio), base de dados abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos cartórios, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), cruzados com os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
ESTADO
Em relação ao Estado de São Paulo, os números estão à frente da média do Brasil em todas as faixas etárias. Entre a população de 20 a 29 anos, o crescimento percentual paulista foi de 53%, enquanto no país foi de 38%. Na faixa que vai dos 30 aos 39, São Paulo viu os óbitos crescerem 73%, enquanto o Brasil registrou aumento de 56%. O cenário se repetiu nas faixas de 40 a 49 anos, 66% x 57%, 50 a 59 anos, 56% x 54%, e 60 a 69 anos, 24% a 22%.