Vítima de cárcere privado era escrava sexual de agressor em Marília
Resgatada por policiais civis da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Marília, uma jovem de 18 anos, vítima de cárcere privado, revelou em depoimento que era obrigada a manter relações sexuais com o agressor V.J.S.B, de 25 anos.
A prisão em flagrante ocorreu na noite de terça-feira (11). Conforme a delegada Viviane Sponchiado, tanto a mulher como os dois filhos, de dois e um ano, seriam vítimas de violência física e psicológica por parte do acusado, que não teve o nome completo divulgado para preservar a família envolvida.
“Quando o resgate foi realizado a vítima estava assustada. Ela recebia ameaças e agressões constantes. Se mexesse em qualquer coisa na casa, ou limpasse, ela apanhava. Tanto a jovem quanto as crianças sofriam agressões físicas e psicológicas. A mulher ainda era obrigada a manter relações sexuais com o agressor”, revela a delegada.
Segundo a DDM, a mulher estava com o acusado desde os dez anos quando foi tirada da família pelo agressor. A genitora da vítima informou à polícia que desconhecia que a filha estava em situação de violência e cárcere privado.
O acusado mantinha a mulher e os filhos presos em uma casa, localizada na Vila Hípica, que era trancada com corrente, sem nenhuma janela. Além dos filhos, ela não tinha nenhum contato com outras pessoas.
No momento da diligência, a casa estava em péssimas condições de higiene e as vítimas amedrontadas com a possibilidade do agressor retornar. A vítima era impedida de ir ao médico, tanto ela quanto os filhos eram proibidos de sair, sob pena de agressões.
V.J.S.B foi preso e se recusou dar declarações para a polícia, informando que somente falaria na presença do juiz. Sendo réu primário e caso seja condenado, a pena máxima para o acusado é de seis anos. A Polícia Civil segue apurando o caso.