Marília tem nova queda em índice de gestão municipal
O desempenho de Marília no Índice de Governança Municipal (IGM), do Conselho Federal de Administração (CFA), apresentou mais uma queda na edição 2020, que acaba de sair. A cidade também perdeu posições no ranking.
O índice mariliense, que era de 7,74 pontos em 2018, caiu para 6,99 no ano passado e, agora, para 6,96. No levantamento atual a nota do melhor município foi 8,11. A nota máxima possível é 10.
Com o desempenho atual, o município caiu da 33ª para 40ª posição entre o grupo de cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes e renda per capita acima de R$28,6 mil por ano.
No ranking estadual do mesmo grupo, a cidade foi da 20ª posição para a 25ª.
O que mais compromete a nota mariliense é a questão das finanças municipais, principalmente a falta de equilíbrio previdenciário, segundo o estudo.
Outra dimensão que puxa a nota da cidade para baixo é o desempenho das políticas públicas na área da saúde, sobretudo em relação à cobertura da atenção básica e da cobertura vacinal.
A questão do tratamento de esgoto, que este ano deve finalmente chegar a 100%, ainda representou uma pedra no sapato do IGM de Marília na versão mais recente do levantamento. São considerados dados dos anos passados, quando praticamente todos os dejetos iam in natura nos mananciais.
Ao menos no quesito saneamento básico nas próximas edições do estudo a cidade deve apresentar grande evolução. Veja detalhes sobre o desempenho e explores os dados disponíveis, [clique aqui].
IGM
Lançado em 2016, o Índice de Governança Municipal foi criado com o intuito de auxiliar gestores públicos a entender, através de dados consolidados, quais seriam as possíveis oportunidades de melhorias em seu município.
O IGM consiste em uma métrica da governança pública nos municípios brasileiros a partir de três dimensões: Finanças, Gestão e Desempenho.
O estudo foi elaborado a partir de dados oficiais e considera áreas como saúde, educação, saneamento e meio ambiente, segurança pública, gestão fiscal, transparência, recursos humanos, planejamento e outras.
A partir da construção de extenso banco de dados municipais, que foram extraídos de bases públicas como STN, IBGE, PNUD e DataSUS, foi feita a priorização de indicadores e variáveis.
Em seguida, por meio de tratamento estatístico, foi possível gerar um resultado para cada dimensão e para o Índice. Assim como boa parte de suas fontes, o IGM é atualizado anualmente.
O Índice se destaca e se diferencia de todos os demais índices já utilizados no contexto brasileiro para mensuração da performance municipal uma vez que contempla uma visão mais ampliada sobre as dimensões da governança pública, e em especial, sobre a relação entre a dimensões fiscal, gestão e desempenho.