Vereador defende complexo Famema de investigações
Mesmo em meio ao maior escândalo de corrupção de sua história, o vereador Marcos Rezende (PSD) defendeu ontem (27) o complexo assistencial da Famema (Faculdade de Medicina de Marília), responsável pela manutenção do Hospital das Clínicas, Hospital Materno Infantil, unidade São Francisco da zona Sul, Hemocentro, unidade de reabilitação Lucy Montoro e ambulatório Mário Covas, entre outras clínicas e setores de tratamento.
“Qualquer cidade do Estado e do Brasil gostaria de possuir uma instituição com este grau de eficiência, competência e dedicação à população. Por esta razão, não devemos pré-julgar uma entidade com este perfil”, disse o vereador.
Atualmente a Famema é investigada pela Polícia Federal (PF) e Ministério Público Federal (MPF). Uma operação deflagrada no último dia 8 de julho, visa apurar irregularidades ocorridas em licitações e contratos firmados pela Famar (Fundação de Apoio à Faculdade de Medicina de Marília) com empresas prestadoras de serviços médicos [saiba mais aqui].
“Estamos na fase conclusiva de um processo de autarquização do complexo assistencial. A autarquização fortalecerá o atendimento do SUS à população e, se houve algum erro, que se identifique e se puna os envolvidos. Contudo, não podemos esquecer de que a Famema é uma instituição com mais de 50 anos, orgulho da nossa cidade e que presta serviços para Marília e toda a nossa região”, destacou o vereador.
Apesar da eficiência destacada pelo vereador, os hospitais do complexo sofrem com a falta até dos insumos mais básicos. A crise piora a cada dia e tem afetado milhares de pessoas em toda a região de Marília.
Devido à gravidade da situação, muitos pacientes têm sido dispensados por falta do material básico, desde os remédios mais simples até materiais de limpeza. Pacientes alegam que o hospital não tem toalhas, lençóis e materiais para atender. Uma idosa que precisava de uma rápida cirurgia no fêmur, chegou a aguardar quase um mês a operação [relembre aqui].
Em entrevista hoje (27) à TV Tem, o procurador da república Jefferson Dias falou em crise orquestrada na Famema. Segundo Dias, o MPF também trabalha com a hipótese de que a crise financeira da instituição é artificial. Ela teria sido criada com o objetivo de conseguir mais dinheiro público.