Justiça nega liberdade para PM acusado de execução
A Justiça de Ourinhos (distante 95 quilômetros de Marília) negou pedido de revogação da prisão preventiva de Alexandre David Zanete, de 49 anos, um dos policiais que foram flagrados na execução de Murilo Henrique Junqueira, de 26 anos, em um terreno baldio, em setembro.
A decisão foi publicada no último dia 16 de dezembro, no Diário da Justiça Eletrônico. O processo segue em segredo de Justiça.
Em meios aos argumentos, o juiz diz que “os elementos colhidos apontam para ação que teria ocorrido em momento que a vítima supostamente iria se entregar para a sua detenção, eis que foragido do sistema prisional paranaense.”
“Todavia, há que se ressaltar, mais uma vez, a possibilidade apontada pelo órgão acusatório de que o réu possa haver fraudado a cena do crime, alterando-a a fim de induzir a erro a Autoridade Policial Civil que tomou conhecimento dos fatos e a este juízo, de maneira que tal conduta revela a necessidade imperiosa de manter a custódia provisória do imputado, uma vez que mesmo o afastamento do agente das suas atividades ostensivas no policiamento urbano não demoveria a eventualidade de grande temor daqueles que prestarão seus depoimentos perante este juízo”, completa.
Ainda de acordo com o magistrado, “nesse cenário, os elementos apontam para a gravidade concreta dos fatos, o que, a princípio, revela a necessidade de resguardo da ordem pública”.
Além da decisão, também foi marcada a primeira audiência do caso que deve ser realizada de forma remota no ano que vem.
O outro policial militar envolvido no caso, o cabo João Paulo Herrera de Campos, de 37 anos, está respondendo ao processo em liberdade.