‘Não é o momento para Copinha em Marília’, diz futura secretária
A nova secretária de Esportes de Marília, Valéria Cavecci, indicada pelo prefeito eleito Vinicius Camarinha (PSDB), tem uma longa e rica história com o esporte. Sua paixão começou ainda na infância, em Avaré, onde jogava basquete e handebol. Valéria chegou a atuar profissionalmente no basquete pela Unimep em Piracicaba, quando jogou contra grandes nomes da modalidade como Paula e Hortência.
Em 2002, sem conhecer Marília, Valéria mudou-se para a cidade com um objetivo: criar um time de basquete feminino. Com um projeto inovador em mãos, conseguiu apoio da Prefeitura e de patrocinadores, onde formou uma equipe que conquistou títulos importantes, como os Jogos Abertos e a Série A2.
Depois disso, Valéria se dedicou à gestão de academias, atuando em grandes redes como SkyFit e SmartFit. Sua experiência no esporte profissional e na administração esportiva a prepararam para assumir o desafio de comandar a pasta de Esportes, Juventude e Lazer em Marília.
Valéria Cavecci se considera uma mariliense de coração e quer transformar a realidade esportiva na cidade de Marília. Em sua gestão, pretende priorizar a reestruturação dos polos esportivos, buscando parcerias com empresas e o governo federal para investir em infraestrutura e oferecer melhores condições de treinamento aos atletas.
Seu objetivo é resgatar a importância do esporte como ferramenta de inclusão social e desenvolvimento humano, tanto para jovens quanto para idosos. A futura secretária acredita que o esporte de alto rendimento pode inspirar as novas gerações e colocar Marília em destaque no cenário esportivo nacional.
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MN – Como você veio para Marília?
Valéria – Vim para Marília em 2002. Minha infância foi em Avaré. Minha família toda é de Avaré. Vim para cá por um história muito engraçada. A gente tinha uma equipe de basquete lá. Por ser uma cidade pequena, não havia recursos para gente buscar. Eu peguei o mapa, fechei os olhos e coloquei o dedo em um ponto, justamente em Marília. Eu sempre tive um projeto esportivo de basquete e decidi vir, então, para Marília.
MN – Você não conhecia a cidade?
Valéria – Não sabia onde ficava, nem qual era a distância. Naquela época não tinha o Waze e nem nada disso ainda. Vim com a cara e a coragem. Liguei para o telefone da Secretaria de Esportes. Na época o secretário era o Paulo Ramiro e o prefeito era o Abelardo Camarinha.
MN – Como foi seu primeiro contato com a cidade?
Valéria – Tive a oportunidade de vir até Marília. No mesmo dia, eu apresentei um projeto e eu lembro muito bem quando ele me disse que nunca ninguém tinha montado um projeto esportivo como o que eu apresentei. Me disseram que não tinham recursos para bancar um patrocínio para montar uma equipe que ia disputar o campeonato da Série A2. Eu disse que não queria patrocínio, mas que me desse pelo menos o básico. Me deram transporte, alimentação e moradia. Tinha um alojamento de atletas.
MN – Você correu atrás dos patrocinadores?
Valéria – Eu lembro que, na época, a Doris também trabalhava na Secretaria de Esportes e ficou sabendo. Ela gostava de basquete e me colocou em contato com o senhor Olinto, que era o diretor lá do Colégio Cristo Rei. Eu precisava de uma verba, cheguei até ele e apresentei o projeto. Ele falou a mesma coisa, que nunca ninguém trouxe um projeto para ele. Todo mundo pedia verba, mas nunca com um projeto, com projeção de resultados e retorno. Então eu consegui um pouco de auxílio, [depois] no Fisk, depois fui na Unimed… Aí foi completando. Então, eu montei o time de basquete feminino para disputar a A2.
MN – Como foi o desempenho desse time?
Valéria – Fomos campeãs dos Jogos Abertos, campeãs da Série A2. Essa foi a nossa jornada até chegar na Série A1. A gente conseguiu montar equipes com renomes nacionais, de nível de Seleção Brasileira. Foi uma trajetória muito boa que a gente teve. Depois mudou o prefeito e também encerraram os patrocínios. Pouco depois entrei no ramo de academia.
MN – Como foi essa mudança?
Valéria – Fui gerente da academia SkyFit e fui gerente regional depois. Fui gerente de unidade da primeira academia de rede na cidade. Virei gerente regional, depois fui gerente da SmartFit. Agora atualmente eu estou como gerente da academia SkyFit, que fica ali na Tancredo Neves, até o final deste ano.
MN – Como começou o contato seu com o esporte?
Valéria – Foi em Avaré. Minha irmã jogava basquete e ela me chamava para bater uma bolinha. Tinha o Raimundão que revelava jogadoras. A Paula e a Hortência são um pouco mais velhas do que eu, e jogavam. Foi nessa época que eu comecei com o basquete. Primeiro atuando e depois fui treinadora de basquete em Avaré. Primeiramente fui diretora, depois eu virei treinadora. Trabalhei com handebol também. Fui jogadora e preparadora física. Eu amo esporte, de verdade. Está no meu sangue.
MN – Você chegou a atuar profissionalmente como jogadora?
Valéria – Sim, na Unimep em Piracicaba, quando eu fiz a faculdade. Eu tive a oportunidade de jogar em Piracicaba na Unimep, que teve a Paula, que foi uma das melhores equipes a nível nacional.
MN – Você chegou a jogar com ela?
Valéria – Não. Eu tenho uma amizade com a Paula, mas não joguei junto. Quando entrei no time, ela tinha ido para o BCN, também de Piracicaba. Eram dois times da cidade. Joguei várias vezes contra ela e contra a Hortência. A gente perdia feio, mas tá bom. A gente sempre aprendia muito enfrentando elas. O importante é sempre aprender.
MN – Como que era jogar contra elas?
Valéria – Era fora da média. Hoje a gente vê no esporte nacional, tanto no basquete feminino como outras categorias, que falta planejamento. Se você não tem uma base boa, você perde todo o trabalho. Depois dessa geração da Paula, Hortência e Janete, a gente não teve mais. Perdemos a característica do ídolo do esporte.
MN – Você sabe dizer qual o nome do basquete feminino hoje?
Valéria – Eu não consigo te falar, porque não se formou nenhum ídolo. Vamos falar um pouco do vôlei. O vôlei teve uma mudança, tanto no vôlei masculino quanto no feminino. Hoje tem uma geração que está chegando, uma geração ótima, porque vem de uma base boa. O vôlei sempre tem que ser uma escola para a gente na questão de planejamento. Eu acho que a maioria das modalidades se perdeu por falta de planejamento.
MN – Você acha que as competições perderam a importância?
Valéria – Os Jogos Regionais e Jogos Abertos perderam a importância. Hoje, para quem acompanha o esporte, não tem mais aquela ansiedade e expectativa. A gente ia para um ginásio antigamente e assistia o jogo da Hortência e da Paula, tinha sempre o ginásio lotado. Não cabia mais gente. Aquilo arrepiava, aquele ginásio lotado, aquela gritaria. Hoje você está estragando os Jogos Regionais, os Jogos Abertos. Cada vez mais. Eram nessas competições que preparávamos nossos atletas. A gente se sentia importante. Era um orgulho vestir a camisa da cidade. A gente precisa resgatar isso.
MN – Sua infância foi com envolvimento no esporte?
Valéria – Foi dentro do esporte. Nunca me envolvi com drogas. Nunca fui uma pessoa de ficar em barzinho ou de sair. Sempre tive uma vida regrada. Hoje eu sou grata. Muitas crianças hoje estão se perdendo, porque não têm uma atividade. A gente precisa resgatar os sonhos da nossa juventude.
MN – Pretende ter um olhar também para os idosos?
Valéria – Até esse ano eu estava como treinadora da equipe máster de basquete de Bauru. Hoje está se falando muito no máster. Nós estamos falando de saúde mental. Existem campeonatos mundiais e não é só no basquete. Eu estou falando de vôlei, de handebol. Hoje está se resgatando isso. Já existem projetos dentro do governo federal, que estão sendo aprovados para verba de incentivo nessa categoria. Precisamos ter ocupação para as crianças, mas também para os idosos.
MN – O que falta para Marília ter equipes profissionais em diferentes esportes como Bauru?
Valéria – Falta estrutura. Para você ter uma ideia, estou com alguns atletas treinando na SkyFit. Eu saí candidata a vereadora e fiquei indignada. Alguns atletas foram me procurar, pois precisavam de um local para treinar. Temos um medalhista dos Jogos Pan-Americanos que não tinha esse apoio. Conversei com meus franqueados, que também são apaixonados pelo esporte e criamos alguns planos para atletas. Começaram a aparecer alguns, que se destacam muito no atletismo e outros esportes. Quando eles chegam na academia, é gratificante. O treino deles é diferente.
MN – Acredita que o caminho é buscar parcerias?
Valéria – Isso mostra a importância de parcerias. É isso que a gente precisa. Isso me incomodou demais e eu questionava o Vinicius. Perder atletas para outras cidades com polo esportivo muito além do que a gente pode oferecer no momento, tudo bem, mas estávamos perdendo atletas para Tupã. Existe uma necessidade de mudança, de apoio.
MN – A Prefeitura de Bauru oferece apoio para os atletas?
Valéria – Eu tive convívio com a prefeita de lá. O que a Prefeitura dá é o mínimo do mínimo. Acho que não ajudam nem o vôlei e nem o basquete. Tanto é que o ginásio de esportes Panela de Pressão é do Noroeste. O vôlei conseguiu construir um ginásio, mas fez a parceria com o próprio Sesi lá na cidade. Tudo isso acontece através de lei do incentivo fiscal. Tudo através de projetos e programas.
MN – Você pretende trabalhar com equipes de alto rendimento?
Valéria – Claro que vamos, mas não posso depender da verba do município. Porque, além de ter categorias de base, eu tenho que pensar nas atividades físicas, que serão feitas no decorrer do ano, dos fins de semana. Eu preciso trazer eventos diferentes para a cidade. Eu preciso atender aquele pessoal dos bairros, de outras comunidades que não contam com acesso à praça esportiva, mas eu não vou esquecer em nenhum momento do esporte de alto nível, porque esporte de alto nível resgata aquilo que eu te falei. Sonhos daqueles adolescentes e daquelas crianças. Existe a lei do incentivo fiscal e a gente tem como buscar esses recursos. Só precisamos nos mexer, criar planejamento e correr atrás.
MN – Como você vê a estrutura do atletismo em Marília?
Valéria – É um absurdo, primeiramente, o que a gente tem em termos de estrutura para eles. É inviável. Eu acho que vai ser um dos primeiros pontos que eu quero sentar com o Vinicius, para a gente tentar estruturar. Eu não tenho uma infraestrutura para eles treinarem. Eu fui lá ver a academia dos nossos atletas paralímpicos e achei um absurdo. Eu vou tentar fechar convênios com academias para que possam abraçar a ideia. Não é competição de academia, não é nada, é apoiar o esporte em Marília. É dar uma ajuda numa estrutura melhor. Se não ajudar, a gente vai correr atrás, nem que a gente monte uma estrutura de uma academia. De repente, a gente fecha com uma faculdade, com um departamento de nutrição, fazendo estágio com atletas.
MN – Então você acredita que é preciso melhorar a estrutura para os atletas?
Valéria – Não adianta eu dar o apoio para eles competirem, se eu não tenho estrutura. Já está no radar. Se vocês pegarem o plano de governo do Vinicius, que inclusive eu ajudei a montar, vão ver que queremos mexer no estádio Pedro Sola. Vamos melhorar aquela quadra. Vamos melhorar aquela pista de atletismo, que está inviável. Quais os materiais necessários? Qual é o custo disso? Onde podemos levantar essa verba para a gente? A gente não vai prometer. Primeiro eu preciso ver a situação de como estão os polos esportivos. Não adianta eu pensar em equipes de alto nível, se eu não tenho onde colocar. Onde vão treinar? Primeiro a gente tem que estruturar, ter condição de material esportivo, tanto uniformes, bolas, tudo que for necessário. Isso é o mínimo. Uma estrutura.
MN – Você acredita que vão conseguir fazer tudo que é preciso?
Valéria – Vamos analisar. Se num primeiro momento a gente conseguir mexer em todos os polos esportivos, ótimo. Se não der e pudermos mexer só em um ou dois, vamos indo aos poucos. O ginásio municipal que a gente tem, precisamos fechar um convênio com a Secretaria da Educação. Fui apresentada com outras quatro mulheres. Nós conversamos e já vamos marcar uma reunião, nós cinco, porque elas são secretarias interligadas.
MN – Você pretende correr atrás de convênios com escolas particulares?
Valéria – Vamos ver o que a gente consegue de bolsas para incentivar essa molecada. Se você quiser um esporte, treinar certinho, você pode ter uma bolsa de estudos. Se a gente começa fazendo o certo, tem que terminar certo. Tem que trabalhar e ter projetos. Tem que ter programa. Se não tiver, não dá certo. Sem planejamento não dá certo.
MN – Marília pode finalmente ter uma pista de atletismo profissional?
Valéria – Isso está no nosso radar. A gente só vai ver a estrutura e valores, porque a gente sabe que também não é barato. Não vai dar para a Prefeitura bancar. Não podemos pegar a verba da Secretaria de Esportes e injetar totalmente, porque aí acaba tudo e não tem mais nada. Precisamos do incentivo de empresas parceiras e recurso federal. Isso vai fazer parte do meu radar. É correr atrás para regularizar o Pedro Sola, principalmente a parte do atletismo.
MN – Você já sabe como estão as instalações do esporte em Marília?
Valéria – A gente não sabe, atualmente, o que a gente vai encontrar. Vai ter a transição de governo. Então, logicamente, a gente vai traçar já um planejamento, mas não sabemos como a gente vai encontrar. A partir do momento que a gente for estudando, vendo a atual situação, a gente vai priorizar o que é importante.
MN – Quais são as principais reclamações que você ouviu das pessoas caminhando pela cidade?
Valéria – Abandono. Eu acho que a palavra é essa. Abandono dos polos esportivos, abandono de modalidades esportivas, um pouco ou quase nada de recursos para manter. Eu tive várias reclamações de atletas, que muitas vezes eles tinham que pagar até o motorista do ônibus ou da van que levavam eles. Quer dizer, um verdadeiro absurdo. Precisamos ver toda a frota de ônibus. Não dá para assumir uma responsabilidade de ônibus precários para levar atletas. Você não pode colocar em risco a vida desses atletas. Preciso ver até onde está a segurança deles. Vamos fazer tudo com muita cautela.
MN – Como você vê a situação do Marília Atlético Clube? Principalmente nas recentes propostas de instalação de telão e troca de gramado?
Valéria – Lógico que a gente se preocupa com o MAC. Queremos colocar ele no cenário que ele tem que estar, disputando as melhores competições, desde as categorias de base. Quando foi retirado de trazer a Copinha para cá, foi correto. Infelizmente, não é o momento para Copinha em Marília. Não adianta gastar um dinheiro desse. Não adianta apenas gastar o valor, sendo que a gente não está podendo receber bem as equipes. A parte do gramado e do placar, tudo vai ser visto, tudo tem que ser analisado. Eu acho que tem que ter parceria. Lembrando que a equipe de futebol é uma empresa privada. Ter o apoio é uma coisa, mas ter dependência exclusiva da Prefeitura, isso vai ser impossível.
MN – De que forma a Prefeitura poderia ajudar o MAC?
Valéria – Dá para irmos juntos atrás de recursos federais, estaduais ou de patrocínios. Podem contar comigo. Faço questão de ajudar, pois quero ver o MAC lá em cima, mas dentro das nossas limitações. Não vou falar que vamos colocar o MAC nos melhores cenários. Primeiramente, precisamos ver a situação de como está a Secretaria de Esportes. Precisamos ver quais convênios foram fechados entre Prefeitura e MAC. Vamos estar de braços abertos para receber e ver como vamos poder ajudar. Se você for ver bem, a Prefeitura de Bauru também não ajuda em nada o Noroeste. Os outros municípios, não quero ser injusta de estar aqui falando, mas se ajudam, ajudam com o mínimo. Nós já estamos cedendo um estádio. Nossa intenção é de ajudar, sem dúvidas, inclusive, eu quero estar lá apoiando, assistindo jogos, podendo auxiliar no que for preciso, mas dentro das nossas limitações. Ele não pode ser o principal, a Prefeitura não pode ser o principal patrocinador, isso não tem como.
MN – Deve realizar alguma auditoria no Esporte em Marília?
Valéria – Uma coisa que eu quero conversar com o Vinicius é para fazermos uma auditoria. Provavelmente vamos fazer. Acho que isso é normal da transição de governo. Eu acredito que a Secretaria da Saúde deva ter uma auditoria, para a gente ver a real situação. De repente, podem ter feito um monte de empenho, feito dívidas, que a gente vai entrar o ano tendo que pagar. Eu tenho uma Secretaria de Esportes que, de repente, já começa com zero, ou pior, no negativo, isso quebra as pernas.
MN – Como foi o convite para ser secretária?
Valéria – Eu saí como candidata para vereadora, porque eu tinha ficado indignada com a situação do esporte na cidade, mas eu queria muito sair pelo lado do Vinicius, pelo partido dele que é o PSDB. Sempre fui fã da família Camarinha. Vejo a seriedade e o quanto ele está sedento por uma mudança. Fui em todas as reuniões e fui anotando as necessidades de cada bairro. Sentei com a equipe de planejamento, coloquei no papel e falei sobre o que achava da importância do esporte e me coloquei à disposição dele. O que fosse necessário, independente de ser ou não secretária, mas eu queria fazer algo pelo esporte. Eu já me via capacitada para isso. Saber que você pode fazer a diferença na vida das pessoas. Sempre eu tive esse intuito, vou ser bem sincera. Eu sempre tive o intuito de ajudar as pessoas. Sempre foi esse meu lema de vida. Eu gosto de ajudar as pessoas. Eu gosto de estar com pessoas. Eu gosto de desenvolver pessoas.
MN – Você já se sente uma mariliense?
Valéria – Tem muito tempo. Eu já tenho uma casa aqui. Fico mais aqui do que em Avaré, onde está minha família. Foi amor à primeira vista. Depois do falecimento dos meus pais, eu tenho ido pouco para lá. Tenho meus irmãos, meus sobrinhos, mas eu tenho ido pouco. Minha cidade mesmo é Marília. Não tem como. Eu sou muito feliz aqui. Foi aquilo que eu te falei. Parece que foi Deus implantando no coração, dando a experiência de quando eu vim para cá. E foi amor à primeira vista. Já finquei raízes aqui.
MN – Como você vê o protagonismo das mulheres nesse primeiro momento da futura gestão do Vinicius?
Valéria – Eu acho que o papel da mulher tem mudado o cenário no Brasil. Ela está mostrando que é capaz. A mulher é sonhadora e corre atrás. A mulher tem um lado que o homem não tem. Ela é mais calma nas decisões. Ela pontua mais e eu acho que a gente planeja mais. Não estou falando que os homens não, mas eu acho que pelo fato de a mulher cuidar da casa, ter filhos, correr com isso, correr com aquilo. Eu acho que a mulher, na hora que você está pensando no A, ela já está no B. Ela pensa lá na frente. Foram escolhidas pessoas capacitadas para os cargos.
MN – Você está muito ansiosa para começar?
Valéria – Muito. Eu sou uma pessoa que gosta de desafios. Eu sou uma pessoa muito sonhadora, mas com os pés no chão. Enquanto eu não terminar, não conseguir realizar algo que eu sei que é palpável, eu não desisto. Dificilmente eu vou ficar parada ou atrás de uma mesa. Eu vou correr atrás. Eu vou encher os empresários, vou pedir ajuda e vou fazer a diferença. Se der certo, não foi a Valéria que conseguiu. Foi a equipe da Secretaria de Esportes que vai conseguir. É o prefeito que tem a mesma visão. É o governo que está com essa mesma visão. Então não é uma pessoa sozinha, é um conjunto. A gente vai trabalhar em conjunto. Será uma vitória para cidade e para a população, que colocou Vinicius como prefeito.