Ihoshi se diz contra fechamento da Farmácia Popular
O deputado federal Walter Ihoshi (PSD) continua “frontalmente contrário” à decisão do Governo de reduzir o programa Farmácia Popular em todo o País, a partir deste mês de agosto.
“O fechamento das lojas próprias, mantendo somente os parceiros da rede privada, irá criar dificuldades para a população ter acesso à saúde e aos medicamentos”, alerta Ihoshi, que contesta a medida desde que ela foi anunciada, em junho.
“Em Marília, o problema já começou a ser sentido pela população, que, preocupada, tem nos procurado para reclamar”, acrescentou Marcos Rezende (PSD), vereador e assessor do parlamentar.
A decisão atinge quase 370 unidades próprias que distribuíam medicamentos gratuitos ou com descontos de até 90% à população. O programa Farmácia Popular foi criado em 2004.
Agora, a verba equivalente a R$ 100 milhões será destinada a Estados e municípios para compra de remédios, mas, na prática, esse valor será menor. É que desse total, R$ 20 milhões já eram utilizados na compra de medicamentos para o programa, e os R$ 80 milhões restantes equivaliam a gastos administrativos.
“O nosso entendimento é de que os R$ 100 milhões deveriam ser usados para compra de medicamentos, mantendo a estrutura que existia. O programa abrange 110 produtos gratuitos ou com descontos, enquanto que o Aqui Tem Farmácia Popular, com mais de 34.500 unidades credenciadas, oferece apenas 42. Está evidente que haverá prejuízo à população”, disse Ihoshi.
Idealizador da Frente Parlamentar para Desoneração dos Medicamentos, por entender que 34% de impostos sobre o setor é uma carga elevada demais, o deputado cobra “mais cuidado com medidas que interrompam processos benéficos a todos os brasileiros”.
Principal carreador de recursos de emendas orçamentárias federais para a Saúde em Marília, como já destacou o provedor da Santa Casa, Milton Tédde, Walter Ihoshi tem atuado intensamente nessa área.
“Peço às pessoas que acompanhem esse tema tão importante do programa Farmácia Popular e de tantos outros que mexem com a saúde da população. Nossa luta pelo acesso à saúde e a remédios mais baratos vai continuar sendo muito forte em Brasília”, finalizou.