Idoso é preso pela Dise por cultivo de maconha e produção ilegal de óleo de canabidiol

Um aposentado de 71 anos foi preso em flagrante na manhã desta terça-feira (13), em uma ação da Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise) de Marília. Ele foi flagrado ao cultivar ilegalmente pés de maconha e produzir, de forma artesanal, óleo de canabidiol em sua casa.
O flagrante aconteceu no bairro Alto Cafezal, na zona oeste da cidade. Apurações da delegacia especializada indicaram que o cultivo clandestino ocorria na casa, por iniciativa do morador e de uma segunda pessoa da família.
Independente de questões comerciais, a prática, por si só, já caracteriza tráfico de drogas. Porém, a apuração policial teria apontado a venda do óleo.

A partir do levantamento prévio, o delegado responsável pela Dise representou judicialmente por um mandado de busca e apreensão, que foi concedido pela 2ª Vara Criminal de Marília.
DISCRETA E MONITORADA
Durante o cumprimento da ordem judicial, na casa discreta, fechada e com câmeras de segurança, os policiais encontraram o morador e sua esposa no local.
Na casa foram apreendidos quatro vasos com pés de maconha, cinco cigarros da droga [que a polícia considera prontos para consumo], cerca de 315 gramas de flores secas da planta acondicionadas em potes de vidro e um frasco com extrato oleoso.
Segundo apurado pela polícia, o investigado não possui qualquer autorização da Justiça ou de órgão regulador para o cultivo da planta ou a produção do extrato.
Na casa foi localizado um impresso de decisão da Justiça, em habeas corpus, que seria da nora do indiciado. O endereço porém, no qual haveria a solicitação, é diferente, o que não caracterizaria autorização para o indiciado.
O homem teria admitido que realiza a extração do óleo da planta para consumo próprio e da esposa, por questões de saúde. Ele foi autuado em flagrante por tráfico de entorpecentes.
Inquérito vai apurar infração ao artigo 33 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006). O aposentado foi encaminhado à carceragem da Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Marília e aguarda audiência de custódia.