Falta de interessados atrapalha retomada da residência terapêutica
Depois de já ter sido prorrogado uma vez por falta de interessados, o chamamento público para implantação e gerenciamento de quatro serviços de residência terapêutica teve novo lance sem interessadas. O prazo de abertura de envelopes venceu na última sexta-feira (29), mas não atraiu nenhuma entidade.
Dois dos quatro serviços (um masculino e um feminino) já foram implantados, sendo necessária apenas a manutenção e gerenciamento do programa. O valor pago para entidade contratada deve ser de até R$ 2,2 milhões por ano.
As residências terapêuticas são destinadas para pessoas com transtorno mental, com histórico de internação em hospitais psiquiátricos, e que tenham acentuado nível de dependência, necessitando de cuidados permanentes específicos. Cada casa pode acolher até dez moradores.
O objetivo é que essas pessoas sejam reintegradas à vida social e que a casa possibilite ao morador, sempre que possível, a oportunidade de morar sozinho ou retornar ao convívio familiar.
O novo chamamento público foi aberto pelo município depois que o Instituto Brasileiro de Cidadania (IBC), entidade que havia vencido o processo licitatório em 2020 e iniciado o gerenciamento de duas residências terapêuticas no começo do ano passado, decidiu não renovar o contrato.
A Prefeitura de Marília recorreu à Justiça para que o serviço fosse mantido na época, mas teve liminar negada. O Marília Notícia acompanhou o caso.
Enquanto a situação não é resolvida, os antigos moradores aguardam no Lar Abrigado do Hospital Espírita de Marília (HEM).
COMO FICA
Em nota, a Prefeitura de Marília informou que o secretário da Saúde, Sérgio Nechar, deve decidir durante a semana se prorroga novamente ou revoga o chamamento público, após reunião com a equipe técnica da saúde mental da Secretaria Municipal da Saúde.