Fabrício Arena tem primeira audiência por matar mãe e filha
A Justiça de Pompeia (distante 31 quilômetros de Marília) faz nesta quinta-feira (29), às 14h, a primeira audiência sobre o caso do psicólogo Fabrício Buim Arena, de 36 anos, acusado das mortes de Cristiane Pedroso Arena, de 34 anos, e da filha dela, Karoline Vitória, de nove. O crime bárbaro chocou a vizinha e pacata cidade.
A audiência, que será por videoconferência, devido à pandemia, vai contar com a participação de Fabrício, das testemunhas arroladas pela acusação e defesa, policiais civis, da adolescente de 16 anos (acusada de participação nas mortes da própria mãe e da irmã) e de advogados.
O psicólogo participará da sessão na Penitenciária de Tremembé, onde está preso. Já a menor acompanhará da Fundação Casa Feminina Anita Garibaldi, de Cerqueira César.
Serão realizadas audiência de instrução, debates e julgamento da primeira fase do procedimento, e após isso, será proferida pelo juiz a sentença de pronúncia ou impronúncia.
Se Fabrício for pronunciado, ele será julgado pelo Tribunal do Júri. Se houver a impronúncia, que não significa absolvição, o psicólogo não vai a júri popular e o processo pode ser extinto caso não surja nova denúncia.
Fabrício foi indiciado pela Polícia Civil por homicídio com as qualificadoras de motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa das vítimas, além duplo feminicídio, dupla ocultação de cadáver e corrupção de menor.
Durante o processo deve ser esclarecida a divergência entre o depoimento de Fabrício e a perícia do Instituto Médico Legal (IML).
O homem afirmou que matou Karoline asfixiada, mas laudo mostra que a menina morreu devido a um traumatismo craniano, causado por uma violenta pancada na cabeça.
A adolescente de 16 anos já foi sentenciada pela Justiça a cumprir no máximo três anos de internação.