Em Marília, ‘Fora Bolsonaro’ não rompe barreira partidária
Com a exceção de algumas manifestações com buzinas de veículos, de motoristas que passavam pelo Centro de Marília, a população local não aderiu ao grito de ‘Fora Bolsonaro’. O protesto reuniu militantes de esquerda, principalmente professores e estudantes, além de alguns sindicalistas e veteranos da política.
A exemplo do que já aconteceu na cidade em atos bolsonaristas, o esvaziamento decorre da falta de representatividade dos grupos.
Neste sábado, um grupo pequeno exibiu faixas e cartazes contra o presidente da República. O descontrole em meio à crise sanitária e econômica foi o principal tema dos protestos.
O diretor regional do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Juvenal Aguiar, avaliou como exitoso o movimento e diz ter faltado tempo e divulgação para que mais pessoas aderissem.
Ele concorda, porém, que a pauta ainda está restrita à esquerda. “Quando a população se der conta do que está acontecendo, em termos de responsabilidade por estas mortes e pela corrupção, que deixaram de comprar vacina quando deveriam para embutir propina, a revolta vai ser grande”, anunciou.
Ainda segundo ele, há divergência em relação à continuidade do governo em todos os segmentos da sociedade. “Nem a direita aguenta mais”, alfinetou.
Ainda conforme o sindicalista, novos atos serão convocados, incluindo Marília, visando mobilização nacional de pressão ao Congresso, para que o presidente sofra um processo de impeachment.