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Marília
sex. 19 ago. 2022

Marília tem déficit no setor de TI com baixa formação profissional

por Alcyr Netto

Raphael Zanon confirmou que área de TI está com déficit de profissionais em Marília (Foto: Divulgação/Acim)

Os avanços tecnológicos estão aumentando em todo o planeta e também cresce a necessidade de profissionais capacitados para atuar com Tecnologia da Informação (TI). No Brasil, até 2025, a estimativa é que o déficit de especialistas deve ser de mais de meio milhão. O reflexo dessa ausência já é sentido em Marília, polo no setor.

Um estudo divulgado pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom) aponta que a demanda brasileira por profissionais nas áreas de software deve alcançar 797 mil vagas até 2025. Isso deve impulsionar um investimento estimado em R$ 413,5 bilhões em tecnologias de transformação digital, principalmente especialmente em nuvem, internet e big data.

De acordo com o vice-diretor de Tecnologia e Informação da Associação Comercial e de Inovação de Marília (Acim), Raphael Zanon, a formação de novos profissionais ainda é pequena na cidade, perto da demanda do mercado, que está crescendo cada vez mais rápido. O especialista acredita que muitos ainda não perceberam o potencial do mercado de trabalho na área de tecnologia.

“Eu estava em uma reunião com uma empresa de tecnologia agora mesmo e o pessoal estava reclamando disso. Precisamos muito de mão de obra, mas não tem ninguém entrando. Esse setor envolve desde programação até design. A formação hoje existente na cidade é insuficiente para dar conta da demanda por profissionais”, conta.

Zanon diz que perdeu programadores para empresas de outros países. E, para tentar controlar o déficit de profissionais, tem investido tempo e dinheiro na formação de jovens, que passam por treinamento na sua própria empresa, aprendendo a programar e iniciando os primeiros passos na profissão.

“A formação oferecida hoje não é suficiente para atender o crescimento do mercado. Hoje eu pago R$ 1 mil para o estagiário vir aqui para aprender a programar. Passo um curso e um treinamento intensivo de três meses para ele aprender os primeiros passos e só depois começar a entregar algo. Como empresa de tecnologia, estamos muito necessitados”, afirma o vice-diretor.

O profissional revela que está perdendo talentos, que estão deixando o trabalho, para ganhar muito mais em empresas de grandes cidades e até mesmo do exterior. Zanon acredita que a pandemia da Covid-19 e o home office aceleraram esse processo.

Elvis Fusco explica que home office expandiu possibilidades de profissionais (Foto: Divulgação/Arquivo pessoal)

“Eu perdi programador aqui, que saiu para ganhar em euro. Estou perdendo funcionário que vai ganhar três vezes mais, trabalhando em uma empresa de Santos. Começam a chegar propostas, mas como brigo para pagar em euro? A pandemia acelerou muito isso, com os profissionais indo trabalhar em home office. Anos atrás, ele [especialista] precisaria mudar para trabalhar em outra empresa, mas hoje faz o serviço de onde estiver”, salienta o vice-diretor da Acim.

A projeção da Brasscom [citada acima] reflete uma aceleração significativa da necessidade por profissionais do setor. O aumento de ritmo também amplia o déficit no setor, já registrado em Marília e no país. De acordo com a entidade, os cursos presenciais e a distância de licenciatura, bacharelado e tecnólogo em TI e comunicação formam anualmente apenas 53 mil pessoas, um terço da demanda projetada até 2025.

Para Elvis Fusco, superintendente executivo da Fundação Shunji Nishimura de Tecnologia, as principais cidades que possuem setor produtivo mais forte, estão enfrentando problemas com ausência de profissionais de TI. O especialista explica que Marília passa por essa situação, mas que não se trata de um problema local. Todo o planeta necessita de mais profissionais da área.

“A entrada de alunos em cursos é menor que a demanda do mercado. Talvez seja um problema cultural de não valorizar profissionais dessa área. Mesmo com desemprego no país, essa área não é tão procurada como poderia ser. Além disso, tem a questão da formação educacional das pessoas. O estudante brasileiro precisa ter uma boa base, ou ele não consegue acompanhar o restante da turma. Por isso, a evasão nesses cursos é grande”, afirma o superintendente.

Assim como Zanon, Fusco também percebeu que profissionais passaram a deixar os trabalhos em cidades menores para ganhar mais, muitas vezes em moedas estrangeiras, desde a chegada da pandemia e que o aumento no número de especialistas no home office.

“Antigamente, o profissional tinha que mudar de cidade ou país para aproveitar uma boa oportunidade, mas agora isso mudou e a área de atuação foi expandida”, avalia Elvis.

O programador Osni Baraldi trabalhou por 15 anos na mesma empresa em Marília. No início ele morava em Garça e viajava todos os dias para trabalhar, mas com o tempo, decidiu mudar de cidade para ficar mais perto do trabalho e economizar com as viagens. Após um longo período e já estabilizado, foi convidado para trabalhar em home office para uma empresa de Campinas.

“Eu trabalhei 15 anos aqui em Marília, mas outras regiões estão oferecendo um valor igual ou superior, com opções de trabalho mais vantajosas. Muitas possuem um pensamento diferenciado e até mesmo planejamento de carreira. Tem outras vertentes que empresas de fora oferecem e que acabam motivando a mudança de emprego”, conclui.

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