Defesa insiste em testemunha no PR e processo por latrocínio no Maracá se arrasta na Justiça
Processo criminal envolvendo roubo e morte do empresário Fernando Dal Evedove, de 41 anos, segue em passos lentos na Justiça. A defesa de Anderson Ricardo Lopes, o ‘Ricardinho Kong’, principal envolvido no crime, insiste na convocação de uma testemunha que mora no Paraná, o que gerou ordem de condução coercitiva para a próxima audiência, remarcada para janeiro de 2025.
Um termo de audiência expedido pelo Juiz Fabiano da Silva Moreno, da 3ª Vara Criminal, redesignou a oitiva de testemunhas e o interrogatório do réu após a testemunha paranaense não ter comparecido.
“Diante da insistência pela defesa na oitiva da testemunha ausente, a qual não se apresentou voluntariamente à audiência, apesar de devidamente intimada, bem como pela necessidade da condução coercitiva se realizada mediante carta precatória a outro Estado da Federação, fica consignado que o atraso na marcha processual se dará no interesse da própria defesa (…)”, escreveu o magistrado. A condução coercitiva é aquela que obriga a testemunha a comparecer em juízo mesmo contra a própria vontade e pode ocorrer ser sob escolta policial.
CRIME
Segundo a denúncia do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), foi Anderson Ricardo quem puxou o gatilho e matou à sangue frio um comerciante em uma noite de sábado, em abril do ano passado, em uma adega no Maracá II, zona norte.
O homem com capacete invadiu o local no momento em que o estabelecimento comercial estava fechando e efetuou diversos disparos de arma de fogo contra Fernando Dal Evedove, de 41 anos. A vítima morreu no local.
A Polícia Militar (PM) foi acionada para atendimento do caso, mas quando os policiais chegaram ao local, a vítima já estava sem os sinais vitais. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e a médica de plantão constatou o óbito no local.
Pelas imagens de câmeras de segurança do estabelecimento foi possível verificar que o assassino invadiu o local que estava apenas com meia porta aberta. Depois de assassinar o comerciante, o criminoso foi atrás do balcão para pegar o dinheiro do caixa. Em seguida, sai correndo
Réu confesso em outro caso de homicídio, que envolve o empresário Walter Luiz Aparecido Marcondelli Júnior, de 40 anos, em frente a um estacionamento no bairro Fragata, Anderson nega o latrocínio no Maracá.
Ele foi capturado em maio do ano passado em Maringá, no Paraná, onde havia se mudado com a família. Sua prisão ocorreu após uma colaboração entre as polícias civis de Marília e Maringá, e desde então ele permanece sob custódia, aguardando sentença.