Clubhouse: a rede social de conversas por áudio
O Clubhouse, aplicativo de chat de áudios, furou a bolha do Vale do Silício — isso porque, desde 31 de janeiro, o homem mais rico do mundo e fundador da Tesla, Elon Musk, resolveu utilizar o serviço para falar sobre qualquer coisa que lhe viesse à mente (memes, covid-19 e a briga entre Wall Street e usuários do Reddit na Bolsa americana). O monólogo atraiu pessoas de fora do mundo da tecnologia e fez o app bombar.
O aplicativo, até este momento exclusivo para usuários de iPhone, vem ganhando fôlego e passou o último final de semana como um assunto bastante comentado em outras redes sociais, como o Twitter. Parte disso é que, para entrar, é necessário receber um convite de um usuário já cadastrado, assim já aconteceu com o finado Orkut e com o Facebook. Outra parte é que, com a população em quarentena há quase um ano por causa da pandemia do novo coronavírus, conversar via áudios em salas de bate-papo com desconhecidos é, na internet, o equivalente ao bar de outros tempos.
O que é o Clubhouse?
O aplicativo funciona por meio de salas virtuais, pelas quais usuários podem ser moderadores, palestrantes e ouvintes, que podem “levantar a mão” para falar. As salas podem ser abertas (todos podem entrar), sociais (somente pessoas seguidas pelo usuário) e fechadas (o moderador convida individualmente os escolhidos).
É similar aos antigos chats de bate-papo dos primórdios da internet, mas por áudio, como uma rádio. E nada da rede social é gravado para a eternidade: encerrada a sala, não é possível reproduzir novamente a reunião.
Como recebo um convite?
Há duas formas de receber um convite do Clubhouse. Na primeira maneira, você recebe diretamente o convite de um conhecido, que já estava no aplicativo e pode convidar até duas pessoas. Caso não seja preterido pelo seu amigo, você pode fazer o pré-cadastro (cadastrar seu nome de usuário e dar seu número de telefone) para que, quando algum conhecido entrar na rede social, ele puxe você para o começo da fila.
Funciona também para Android?
No momento, não. O Clubhouse está disponível apenas na loja de aplicativos do iOS, ou seja, para os donos de iPhone – é algo que lembra o começo do Instagram. A empresa planeja lançar a opção para os celulares Android, mas não deu mais detalhes.
O que posso fazer na rede social ClubHouse?
É possível encontrar salas de bate-papo sobre os temas mais diversos, como empreendedorismo, artes, futebol, BBB e… qualquer assunto. A rede social ainda lembra bastante o LinkedIn porque, até semana passada, era dominada por empresários e amantes de tecnologia do Vale do Silício. Conforme novas pessoas vão chegando, mais salas vão sendo criadas. Inclusive, há salas de “gemidões”, em que os usuários passam o tempo… gemendo. A criatividade é o limite.
Quando surgiu?
O aplicativo foi lançado em março de 2020 e a empresa é basicamente uma startup, com cerca de dez funcionários e com investimentos recebidos de fundos americanos interessados no potencial de sucesso. Em maio de 2020, a empresa era avaliada em US$ 100 milhões, segundo a Forbes. E, de acordo com a agência de notícias Reuters, chegou a US$ 1 bilhão em janeiro de 2021.
Há quantos usuários cadastrados?
A empresa de análise de dados Sensor Tower informou à Reuters, no começo deste mês, que há cerca de 5 milhões de usuários no mundo no aplicativo. Dado o rápido crescimento da rede social, os números devem ser alterados rapidamente dia a dia.