Caos continua no Hospital das Clínicas
Segue o caos no Hospital das Clínicas (HC) de Marília. Nesta terça-feira (12) a reportagem do Marília Notícia recebeu novamente inúmeras reclamações de acompanhantes dos pacientes, que relatam a precariedade da instituição.
O local continua superlotado e como não há leitos suficientes, os pacientes são colocados em macas no corredor. O irmão da dona de casa Elaine Cristina de Aguiar Perri, de 36 anos, é um dos que estão nessa situação.
“Meu irmão sofreu acidente de trânsito na tarde do último domingo. Foi levado para o Hospital das Clínicas em estado grave, com possível lesão na coluna. Fez uma ressonância e tomografia, mas o médico disse que não constou nada”, disse Elaine.
Segundo ela, o irmão Luís Roberto de Aguiar Perri, com 34 anos, está com muitas dores e não sente as pernas. A dona de casa foi hoje até o hospital e fez um “barraco” pedindo atendimento digno.
“Eu estava nervosa, falei umas bobeiras para a equipe e vim embora. Agora de tarde minha mãe que está acompanhando o Luís contou que novamente pediram uma ressonância, mas agora o equipamento quebrou e não tem previsão para conserto”, concluiu Elaine.
A situação não é exclusividade do Pronto-Socorro. Os pacientes que estão nos quartos aguardando cirurgia também sofrem com a precariedade do HC.
O autônomo Valdomiro Fernando Santos, de 25 anos, acompanha há doze dias a esposa internada no Hospital das Clínicas. Ela aguarda uma cirurgia.
“Ela tem uma pedra na vesícula e precisa de cirurgia. Com a demora para o procedimento o caso se agravou, a pedra se alocou no canal e pode infeccionar. Eu estou desesperado, a mãe dela morreu por causa da mesma situação e descaso”, desabafou o autônomo.
Ontem (11) a assessoria de imprensa do Hospital das Clínicas informou por telefone que infelizmente a superlotação é uma realidade, já que o hospital é referência para 62 municípios da região.
No local há apenas dezoito leitos e todos eles estavam ocupados. Por isso as pessoas estavam no corredor.
Hoje (12) a reportagem do Marília Notícia pediu informações sobre os casos citados, mas até o momento não obteve retorno.