Caminhoneiros interditam rodovias em cinco Estados
Um grupo de caminhoneiros iniciou na madrugada desta segunda-feira (9) protestos em rodovias de pelo menos cinco Estados. O movimento, que pede a renúncia da presidente Dilma Rousseff, foi organizado por motoristas autônomos desvinculados dos sindicatos e não tem previsão para acabar.
Na região de Marília, parte da Rodovia Raposo Tavares (SP-270) foi interditada nesta manhã, mais especificamente no quilômetro 384, próximo de Ourinhos (91 quilômetros de Marília). A Polícia Rodoviária informou que já estuda um desvio no local.
De acordo com o organizador do movimento, Ivar Luiz Schmidt, não há previsão para o fim da greve. “Ficaremos paralisados até que a presidente Dilma renuncie”, afirmou.
Schmidt também foi o responsável por liderar a paralisação de fevereiro, que ocorreu em diversos Estados e chegou a afetar a distribuição de combustível pelo país. Na ocasião, o grupo pedia pela redução do preço do óleo diesel, criação do frete mínimo e liberação de crédito subsidiado para os transportadores. “As reivindicações (de fevereiro) não foram atendidas. Agora não queremos negociar, não aceitaremos acordo. Queremos a renúncia da presidente”, afirmou Schmidt.
Apesar da articulação, a categoria representada pela Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Carga Geral do Estado de São Paulo não aderiu ao movimento.
“Os sindicatos entendem que o governo federal tem dificuldades para cumprir todas as requisições. Por, isso não aderimos à greve”, afirmou o presidente da Federação dos Caminhoneiros de Carga em Geral do Estado de São Paulo, Norival de Almeida Silva. Para Almeida, a paralisação não assusta. “Pelo que pudemos observar, são poucos os motoristas que vão aderir ao movimento”, disse.
Com informações de Veja