Cachorro como prêmio em bingo da igreja vira polêmica
A entrega de um cachorro como prêmio em um bingo promovido por uma paróquia em Ribeirão Preto (SP) causou polêmica entre moradores e protetores de animais. O caso foi parar no Ministério Público, já que uma lei municipal aprovada há três anos proíbe a doação de animais domésticos em sorteios, brindes e rifas.
A assessoria da cúria da Arquidiocese de Ribeirão informou que o padre Paulo Henrique Martins, responsável pela Paróquia Santa Terezinha Doutora, só vai se pronunciar sobre o caso após manifestação da Promotoria.
O bingo ocorreu no último final de semana, durante uma quermesse realizada pela paróquia, na zona leste da cidade. O animal foi dado com prêmio em uma das rodadas. O nome da ganhadora não foi divulgado.
Entretanto, de acordo com a legislação municipal, quem doar animal de estimação, silvestre ou nativo por meio de sorteio, rifa, bingo, ou na forma de brinde, pode ser multado em 100 Unidades Federativas do Estado de São Paulo (Ufesp), o equivalente a R$ 2.355.
O caso começou então a repercutir no Facebook. Uma postagem foi compartilhada por 194 pessoas e recebeu 287 comentários, sendo a maioria deles criticando a atitude da igreja. Os protetores de animais também desaprovaram o ato.
“Tem gente que faz aniversário e dá pintinho de presente, dá peixinho de lembrancinha. Para adotar qualquer tipo de vida, até uma planta, é preciso disponibilidade para cuidar. Se você não tem, não pode ser surpreendido por um sorteio”, diz a jornalista Cristina Dias, secretária da Associação Vida Animal.
Para a empresária Flávia Frederico, voluntária da ONG Murilo Pretinho, a doação de cães e gatos como prêmios vai contra o trabalho de conscientização sobre a posse responsável, uma vez que o vencedor não assume nenhum tipo de compromisso em relação aos cuidados do animal recebido.
Fonte: G1