Abaixo-assinado pede retomada de obra no Ribeirão dos Índios
A Associação de Amigos e Moradores do Jardim Santa Antonieta e Adjacências (A-Socianorte) conseguiu mais de 1,2 mil adesões em apenas três dias de coletas para o abaixo-assinado que reivindica a retomada da obra da barragem do Ribeirão dos Índios.
De acordo com o presidente da entidade, Altair Vieira, a campanha segue na zona Norte de Marília e tem recebido o apoio do comércio local. “Os moradores estão atendendo ao chamado da Associação”, disse.
Com a promessa de acabar com a falta de água na zona Norte de Marília, a obra foi iniciada no ano de 2003, no governo do ex-prefeito Abelardo Camarinha (PSB), e paralisada já no ano seguinte.
Um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi firmado com o Ministério Público Federal (MPF), já que foram aplicados recursos da União, e descumprido. Os procuradores executaram o TAC e o imbróglio continua.
Camarinha, responsável pela administração municipal quando a obra foi iniciada, foi condenado em 2016 junto com José Luís Dátilo, ex-secretário municipal de obras públicas, por atos de improbidade.
A ação foi movida na 2ª Vara Federal de Marília, que condenou a dupla a devolver mais de R$ 11 milhões aos cofres públicos. Foi constatado que apenas 30% da obra foi executada.
Na época, Camarinha alegou que iniciou as obras. “Deixamos ela quase pronta e o governo Bulgareli abandonou as obras, deteriorando uma boa parte do que foi feito. A nossa parte foi concluída e se houve algum erro não foi culpa do meu governo”.
Situação hoje
A reportagem do Marília Notícia apurou que a atual administração apresentou ao MPF um projeto para concluir a barragem, mas os procuradores solicitaram estudos complementares para se evitar que seja desperdiçado mais dinheiro público.
Nesta quarta-feira (15) a administração municipal afirmou por meio de nota que aguarda uma decisão final da Justiça Federal para retomada da obra ou um acordo com o MPF.
“A totalidade da obra implica em grande dispêndio de dinheiro sem que tenha o necessário benefício à população, neste sentido um acordo para aproveitar o que já está construído é o que melhor atende o interesse público e a eficiência nos gastos do dinheiro público”, alega a administração.