Aconteceu? Tá no MN! #12
Vergonha
A Operação Esculápio completou este mês dois anos sem novos desdobramentos. O ‘cheiro de pizza’ já tomou conta da cidade. A força tarefa entre Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF) visa apurar irregularidades ocorridas em licitações e contratos firmados pela Famar (Fundação de Apoio à Faculdade de Medicina de Marília), fundação que gere a Famema, com empresas prestadoras de serviços médicos. As investigações tiveram como base, denúncias recebidas pelo Ministério Público Estadual e pelo relatório final da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Fumes-Famar, apresentado em dezembro de 2012 pelos vereadores marilienses na época Wilson Damasceno (PSDB), Júnior da Farmácia (PTB) e Eduardo Gimenes (DEM).
Pizza
Entre os supostos crimes estão fraudes em licitações, peculato (desvio de dinheiro público) e formação de quadrilha, realizada por diretores, ex-diretores e funcionários que atuaram no Complexo Famema. Na manhã do dia 08 de julho de 2015, policiais federais em parceria com o MPF cumpriram mandados de busca e apreensão em 12 endereços da cidade, incluindo as sedes da Famar e do Complexo Famema. Todo aquele circo não deu em absolutamente nada até agora.
População pede respostas
O processo corre em segredo de Justiça, mas a população pede pelo menos um esclarecimento. MPF e PF se calam sobre o assunto. Diversos documentos e dispositivos de memória de computador foram apreendidos na época. Mesmo que a força tarefa não tenha encontrado nada, que se dê uma explicação. ‘A investigação está em tal fase’, ‘Devemos apresentar algo em tanto tempo’ ou ‘As investigações não apontaram irregularidades’, já aliviaria a barra das autoridades que tomam conta do caso. Nem isso eles são capazes de fazer. Parece que uma ordem superior mandou ‘parar tudo’.
Luz x trevas
O prefeito Daniel Alonso divulgou um vídeo nesta terça, onde diz que a família Camarinha está nas trevas. Ele, que se diz na Luz, anda irritado com a oposição de Vinícius e principalmente Abelardo. Como já é conhecido, pai e filho são da tática do quanto pior melhor. Atacam tudo e todos relacionados com Alonso. Usam basicamente o tabloide ‘O Dia’, rádio 950 AM e rádio Jovem Pan para denegrir a imagem do chefe da cidade. Particularmente acho que o prefeito tem certa razão. O que é feito principalmente nas rádios, é, na minha visão, muito baixo. Mas isso também não é desculpa para a confusão que anda o governo ultimamente. Alguns resultados já eram para ter aparecido e não vieram.
Faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço
Apesar de pregar ‘Luz’ em sua administração, a coluna soube que nas últimas semanas a Prefeitura tem fechado o cerco contra servidores municipais que são históricos aliados dos Camarinhas. Os que não simpatizam com Daniel também são pressionados. Alguns tomaram bronca na cara dura. Esse modo de agir é justamente o que marcou a última gestão de Vinícius. O ex-prefeito chegou a demitir um servidor que o criticava no Facebook. É a velha história, faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço.
Assoprando
Vamos falar de coisa boa? Não, não é a nova Tekpix. A transparência do governo tucano em Marília é muito mais evidente do que no anterior, de Vinícius. É elogiável por enquanto o acesso a muitas informações que antes nem se sonhava em ter. Para os jornalistas ‘fuçadores’, a vida era muito mais difícil com Camarinha. Daniel Alonso e seus secretários, todos dispostos a darem pronta explicação sobre alguns assuntos, estão de parabéns nesse quesito.
Vossa excelência
É engraçada a relação de dois vereadores da base aliada do prefeito Daniel. Na frente de todo mundo um vive elogiando o outro. Máximo respeito e educação. Nas costas… Eles estão doidos para queimar o oponente. O vereador 1 diz que o vereador 2 tem cargo ‘fantasma’ na Prefeitura. O vereador 2 diz que o vereador 1 pega parte dos salários de seus indicados para cargos também comissionados. O pior é que os dois são realmente inteligentes em fazer política. O negócio é um ninho de cobras mesmo!
Ignorância?
O Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu liminar à Procuradoria Geral de Marília, reconhecendo que a lei aprovada pela Câmara Municipal, que autorizava a isenção de taxas para a regularização dos puxadinhos, é inconstitucional. A lei em questão, de autoria do vereador Luiz Eduardo Nardi (PR), foi vetada pelo prefeito Daniel. A decisão do TJ foi baseada na argumentação de que somente o Poder Executivo pode editar leis de caráter orçamentário e que criem despesas ou renúncia de receita como previsto nas constituições estadual e federal e também na Lei Orgânica do Município. Resumo: que projetinho de lei mal feito hein?