Maioria considera alto o preço da casa própria no Brasil
O volume de brasileiros com desejo de comprar um imóvel ao longo dos próximos três meses caiu para 43% ao longo do terceiro trimestre deste ano, retomando o patamar registrado no último período do ano passado. A maior parcela dos interessados, no entanto, avalia que os preços estão “altos” (43%) ou “muito altos” (26%).
De acordo com as informações presentes no Raio-X FipeZap, divulgado na quarta-feira (23), a baixa intenção de compra aparece mesmo com o desconto médio de 9% apurado durante o mês de setembro. O valor corresponde à menor taxa de abatimento dos últimos cinco meses.
Apesar de 69% ainda considerar os preços dos imóveis ainda elevados no País, o percentual manteve a trajetória de queda iniciada no final de 2014, quando 88% dos que pretendiam comprar uma casa ou apartamento acreditavam que os valores estavam “altos” ou “muito altos”. A mesma percepção se repete entre os brasileiros que compraram o imóvel ao longo dos últimos meses.
Por outro lado, 23% dos que tem a intenção de assinar um contrato de compra no próximo trimestre avaliam que “os preços estão em um nível razoável”, 0,3% vê os preços “baixos” e apenas 0,1% afirma que os valores “estão muito baixos”.
As expectativas para a evolução de preços dos imóveis, no entanto, estão menos negativas pelo quarto trimestre consecutivo, com redução no volume de entrevistados que projetam pagar um valor menor ao longo dos próximos 12 meses. No terceiro trimestre de 2016, 40% dos entrevistados que declararam ter intenção de comprar um imóvel nos próximos três meses esperam por uma queda de preços. Trata-se da primeira vez que esse valor aparece abaixo de 50% desde o quarto trimestre de 2014.
Ao serem questionados a respeito do objetivo de compra, os entrevistados demonstraram a intenção de morar com alguém (44%), investir para alugar (23%), investir para revender (18%), morar sozinho (8%) e comprar para outra pessoa morar (7%). A pesquisa mostra ainda que o percentual de investidores caiu para 38% e atingiu o menor nível da série histórica, que começou a ter dados coletados no final de 2013.
A pesquisa trimestral foi realizada com 4.503 pessoas no período entre 5 e 27 de outubro. A maior parte dos entrevistados pertencem ao gênero masculino (56%), possui idade abaixo de 50 anos (72%) e renda domiciliar entre de até R$ 10.000 mensais (70%).
Fonte: R7