Confronto entre polícia e procurado termina em morte no bairro no Maracá III
Um homem de 38 anos, procurado pela Justiça, morreu na madrugada desta quarta-feira (26) após resistir por cerca de 12 horas no Hospital das Clínicas (HC) de Marília. Ele havia sido levado ao pronto-socorro na tarde de terça-feira (25), depois de ser alvejado em um confronto com a Polícia Militar.
Segundo relatório policial, o desempregado David Gomes da Costa, natural de Sumaré, era alvo de um mandado de prisão em regime fechado. Ele tinha condenação superior a oito anos por associação criminosa. A Justiça havia determinado regressão cautelar pela Comarca de Mogi das Cruzes, além de um mandado de busca domiciliar para o endereço onde ele vivia.
Os disparos ocorreram na casa dele, no bairro Maracá III, região do Padre Nóbrega (zona norte). De acordo com o Baep, houve resistência durante a abordagem.
O episódio aconteceu poucos minutos antes do incêndio que matou sete pessoas na Penitenciária de Marília. A coincidência de horários levou internautas a acreditarem que as ocorrências estariam relacionadas.
TIROS NO MARACÁ
Conforme a versão da Polícia Militar, a equipe se aproximou do imóvel por volta das 16h18, quando uma mulher apareceu na entrada. Pela fresta do portão, os policiais também visualizaram um homem dentro da sala.
Ao notar a presença da viatura, o homem teria corrido para os fundos da casa e sacado uma arma de fogo que estaria sobre um móvel. Diante da situação, segundo o registro policial, os integrantes do Baep efetuaram disparos. O suspeito foi atingido, socorrido e levado ao HC, mas não resistiu aos ferimentos.
No plantão policial, a PM apresentou 7,19 quilos de maconha distribuídos em sete tijolos e uma porção adicional; 32,5 gramas de cocaína; e uma balança de precisão. Também foram apreendidos três celulares de diferentes marcas e um revólver calibre .38 com quatro munições intactas. A corporação não divulgou imagens dos itens.
A morte foi registrada como homicídio decorrente de oposição à intervenção policial, conforme regulamentação da Secretaria de Segurança Pública (SSP). O caso deverá ser acompanhado por procedimento interno da Polícia Militar, que poderá confirmar ou questionar a legitimidade da ação.