Morte de jovem de 18 anos completa três anos com acusado foragido

Crime que completou três anos neste mês segue sem perspectiva de julgamento. André Victor Aldeghi, conhecido como Kanela, é acusado de matar Kaique Júnior dos Santos Morais Gomes, de 18 anos, no conjunto habitacional Paulo Lúcio Nogueira, da CDHU, na zona sul, em 17 de novembro de 2022.
Uma nova decisão publicada nesta quarta-feira (18) manteve o mandado de prisão preventiva contra o réu, que tem conseguido se esquivar da Justiça.
O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) ofereceu denúncia em junho de 2023. Desde então, o processo avança apenas em etapas formais, sem possibilidade de sentença.

A defesa de Aldeghi tentava o relaxamento da prisão, pedindo que ele pudesse responder em liberdade, mas o pedido foi negado.
Segundo o juiz, nada mudou desde o decreto de prisão preventiva, e as circunstâncias que justificaram a medida continuam presentes.
A decisão ressalta que nenhum dos mandados de prisão expedidos até agora foi cumprido. Certidões recentes anexadas ao processo mostram que oficiais de Justiça devolveram os documentos com “ato negativo”, sem a localização do acusado.

Logo após o homicídio, Kanela teria apagado suas redes sociais, abandonado o telefone e eliminado rastros digitais, o que dificultou ainda mais o trabalho da polícia.
Morte nos predinhos
De acordo com a denúncia do Ministério Público, o homicídio ocorreu após um desentendimento entre a vítima e um dos parceiros de Kanela. Incomodado com a situação, o autor teria ido ao local armado.
O primeiro disparo atingiu Kaique no peito, à queima-roupa. Com o jovem já no chão, o acusado teria atirado novamente, desta vez na cabeça. A morte foi constatada no local.
Com a prisão preventiva mantida, a expectativa da polícia é pela captura do acusado, para que o processo avance para audiência de instrução, pronúncia e julgamento.