Irmãos são julgados por duplo homicídio ocorrido em 2019

O Fórum de Marília recebe nesta terça-feira (18) o júri popular que vai julgar dois irmãos, acusados de envolvimento em um duplo homicídio ocorrido em março de 2019. O julgamento está previsto para começar às 9h30 e deve mobilizar familiares das vítimas, que acompanham o caso há mais de seis anos.
Os irmãos respondem pela morte de Vitor Vinicius Araujo Brabo, de 19 anos, e Phillipi Alissom Bernardes, de 23 anos. Eles também são acusados de tentativa de homicídio qualificada contra um terceiro jovem, que sobreviveu aos ferimentos.
Segundo a denúncia do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), a sequência de violência teve início por volta das 4h30 da madrugada de 16 de março de 2019, no bairro Palmital, zona norte de Marília. Tudo começou em um posto de combustíveis na avenida Castro Alves, onde uma discussão entre um dos autores e Vitor acabou evoluindo para agressões físicas. Durante a briga inicial, Vitor chegou a ser atingido com golpes de capacete.

A Polícia Militar foi acionada e dispersou o primeiro confronto. Os irmãos deixaram o posto a pé e seguiram em direção à avenida República, mas teriam sido perseguidos por Vitor, Phillipi e o amigo.
A segunda parte da briga, mais violenta, ocorreu na rua Evaristo da Veiga, quando todos entraram em luta corporal novamente. Conforme o MP, um dos acusados sacou um canivete e desferiu golpes nas costas de Vitor. Ao tentar ajudar o amigo, Phillip e e a outra vítima também foram feridos. Em meio ao confronto, o autor teria golpeado Vitor diversas vezes no abdômen com uma faca.
Os ferimentos foram fatais para Vitor e Phillipi, que morreram no local. A terceira vítima foi socorrida por colegas que chegaram ao endereço instantes depois e ainda agrediram os irmãos com uma barra de ferro.

O clima é de expectativa e forte emoção entre os familiares das vítimas. O pai de Vitor, Marcelo Aparecido Bravo, ressaltou a dor provocada pelo crime e chamou o assassinato do filho de “covarde” e “cruel”. Ele afirmou que o caso deixou marcas profundas nas famílias envolvidas e pediu que amigos e conhecidos se unam em oração pelo julgamento.
“Infelizmente, eu não queria estar passando por isso. Nem a família do outro menino, do Phillipi, nem a família dos que praticaram essa covardia. Mas enfim, o que está feito está feito, não tem como a gente voltar atrás. O que a gente espera é que a justiça seja feita. Que Deus conduza hoje o juiz, o promotor, os advogados e os jurados da melhor forma possível. Vai ser muito difícil, mas vamos acompanhar tudo”, afirmou Marcelo.