EUA enviam porta-aviões à América do Sul em meio a tensão com a Venezuela

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou o envio do porta-aviões USS Gerald R. Ford para a América do Sul, como parte do reforço militar norte-americano no Caribe, anunciou o Pentágono nesta sexta-feira (24). A movimentação amplia a presença militar dos EUA na região e eleva a tensão diplomática com o governo de Nicolás Maduro, na Venezuela.
De acordo com o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, “a presença reforçada das forças dos EUA na área de responsabilidade do USSOUTHCOM aumentará a capacidade dos EUA de detectar, monitorar e interceptar atores e atividades ilícitas que comprometem a segurança e a prosperidade do território norte-americano e nossa segurança no Hemisfério Ocidental”.
O Pentágono não informou a data exata do deslocamento, mas o porta-aviões — que recentemente cruzou o Estreito de Gibraltar, na Europa — será acompanhado por oito navios de guerra, um submarino nuclear e aeronaves F-35. O conjunto naval é considerado o maior reforço militar de Washington na região em anos.
Segundo o Departamento de Defesa, desde o início de setembro, forças norte-americanas realizaram dez ataques contra embarcações suspeitas de tráfico de drogas, principalmente no Caribe, que resultaram em cerca de 40 mortes, incluindo cidadãos venezuelanos.
O USS Gerald R. Ford, movido a reator nuclear, é capaz de transportar mais de 75 aeronaves, entre elas os caças F/A-18 Super Hornet e os aviões de alerta E-2 Hawkeye. O navio dispõe ainda de mísseis Evolved Sea Sparrow, usados para defesa aérea de médio alcance.
O governo venezuelano acusa os Estados Unidos de planejar uma ofensiva militar para tentar derrubar Maduro. Washington, por sua vez, justifica a operação como parte do combate ao narcotráfico e à proteção da segurança regional.