Chute no rosto e destruição em casa: violência doméstica em Marília termina em prisão
Um caso de violência doméstica terminou em prisão na manhã do último sábado (4), no Jardim Flamingo, zona oeste da cidade. Um pintor de automóveis, de 32 anos, foi detido após agredir violentamente sua companheira, quebrar móveis da casa e furtar o celular dela.
O episódio, marcado por momentos de extrema agressividade — incluindo um chute no olho da vítima — foi registrado pela Polícia Civil como lesão corporal, dano e furto, todos enquadrados na Lei Maria da Penha.
A vítima, uma comerciária de 39 anos, contou à polícia que mantinha relacionamento com o agressor havia cerca de dois anos. Desde a noite anterior, o homem apresentava comportamento alterado, com discussões e agressões físicas.
Na manhã de sábado, ele retornou à residência visivelmente transtornado e iniciou um novo ataque. Segundo o boletim de ocorrência, a mulher foi empurrada e teve os braços agarrados com força, o que deixou marcas visíveis.
Em seguida, o agressor desferiu um chute que atingiu o olho esquerdo da vítima, causando lesões na face. Ela conseguiu se desvencilhar e pedir ajuda após o homem destruir seu celular Motorola e fugir levando o aparelho.
A violência não parou por aí: segundo o relato da vítima, ele ainda danificou a televisão da casa com chutes e quebrou a maçaneta da porta da cozinha, ferindo a própria mão e deixando marcas de sangue no imóvel.
Após o ataque, o cunhado da vítima chegou ao local e prestou socorro. A Polícia Civil recebeu um vídeo que mostra o estado dos objetos destruídos.
PRISÃO
Horas após o registro inicial, a vítima voltou ao plantão policial e informou o possível paradeiro do agressor, em uma área do Parque das Vivendas. A Polícia Militar foi acionada e iniciou buscas.
Por volta das 12h40, o homem foi localizado na rua Roque Villani. Ele tentou fugir para uma área de matagal, mas foi capturado na rua Álvaro Gradim. À polícia, negou as agressões e afirmou que o casal teria apenas discutido.
O delegado responsável pelo caso considerou a gravidade da situação e decretou a prisão em flagrante. Não foi arbitrada fiança, conforme prevê a legislação para casos de violência doméstica e diante da necessidade de proteger a vítima.
A Polícia Civil solicitou a conversão da prisão em flagrante em preventiva, que será analisada em audiência de custódia. A mulher poderá contar com as medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha.