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ter. 25 fev. 2025
ALTO CUSTO

Polícia encontra mais de 400 caixas com remédios vencidos na Medex

Medicamentos estavam acondicionados em sala com a porta destrancada, sem acesso controlado.
por Marília Notícia
Mais de 400 caixas com medicamentos vencidos foram encontradas na Medex em Marília (Foto: TV Record)

Uma denúncia anônima fez com que a Polícia Civil fizesse uma diligência na tarde desta segunda-feira (24), para verificar as condições da Medex, farmácia de alto custo do Governo do Estado de São Paulo. No local, os agentes encontraram grande número de medicamentos vencidos. Os produtos estavam acondicionados em uma sala, com a porta destrancada, sem acesso controlado. A situação revoltou quem depende da Medex e encontra dificuldades para conseguir os produtos.

De acordo com informações apuradas pelo Marília Notícia, a Polícia Civil recebeu fotos e vídeos com as condições do local. Uma diligência foi realizada e os policiais foram recebidos pelos responsáveis pelo Departamento Regional de Saúde (DRS IX) de Marília.

Os investigadores tiveram acesso ao local de armazenamento dos medicamentos vencidos, com produtos que perderam sua validade desde 2022, enquanto muitos pacientes necessitam e não conseguem acesso aos remédios para tratamento médico.

Medicamentos de alto custo vencidos estavam armazenados na Medex em Marília (Foto: TV Record)

Uma caixa de Sprycel Dasatinibe, com 30 comprimidos, destinado para pacientes com câncer, chega a custar R$ 11.780,00. O medicamento de alto custo foi encontrado entre os produtos vencidos na Medex de Marília, pronto para ser descartado.

O MN teve acesso às imagens, que mostram um cenário desolador. Foram contadas 407 caixas com medicamentos vencidos, além de 15 sacos plásticos, também contendo diversos tipos de produtos, todos fora da data de validade.

O espaço onde os medicamentos estavam armazenados era originalmente utilizado para videoconferências. Os remédios vencidos estariam no local aguardando descarte e recolhimento por uma empresa especializada. A responsável pelo setor afirmou aos policiais que a maioria dos medicamentos era antiga, incluindo remessas do período da pandemia de Covid-19.

Ela teria explicado a existência de um protocolo de logística no setor de farmácia do DRS para monitoramento de medicamentos próximos da data de validade, com tentativas de redistribuição a outras unidades antes do vencimento. Quando a redistribuição não é possível, os produtos são armazenados até seu descarte adequado.

A autoridade policial determinou a realização de exame pericial no local para documentação e fotografia dos medicamentos vencidos. As caixas apreendidas permanecerão na mesma sala até a conclusão das investigações. O caso segue sob apreciação da Polícia Civil, que avaliará se houve eventual ilícito criminal, mas a situação revoltou marilienses que dependem da Medex.

Rosimeire Coutinho Borba revelou dificuldades em conseguir medicamentos para sua mãe (Foto: Marília Notícia)

REVOLTA

Motorista de aplicativo, Ana Paula Domingos da Silva explicou que sua filha foi diagnosticada, aos seis anos, com puberdade precoce. A menina hoje tem 10 anos e precisa tomar o medicamento chamado Leuprorrelina. Ela contou que já precisou comprar o medicamento com dinheiro próprio e também com a ajuda da imprensa, nas oportunidades que o produto não foi disponibilizado pela Medex.

“Nunca na primeira vez tem. Sempre eu venho e não tem. Falam que ainda vai chegar. Então eu venho, um dia sim, um dia não ou intercalo dois dias. É um descaso, como se estivessem fazendo um favor para gente, o que não é verdade. Isso [deixar remédios vencerem] é uma falta de respeito com todos nós”, afirmou Ana Paula.

Quem também encontra dificuldades para conseguir os medicamentos é a Rosimeire Coutinho Borba. Ela contou que busca medicação para sua mãe, que sofre com artrite reumatoide e faz uso contínuo de algumas medicações, mas que sempre enfrenta dificuldades.

“A resposta que nós temos é que nunca tem o medicamento. No semestre passado, de seis meses, ela pegou três vezes o medicamento. Eu nunca vi um tratamento sendo contínuo, você pegar o medicamento a cada dois meses. Isso compromete o tratamento e não é só o caso da minha mãe. Isso é constante em todas as pessoas que precisam de medicamento de alto custo na Medex. A gente se sente injustiçado, porque a gente paga os impostos, mas não tem um respaldo”, disse Rosimeire.

OUTRO LADO

Em nota, a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo afirmou que o Departamento Regional de Saúde (DRS) de Marília colabora com as autoridades policiais e informa que cumpre, de forma rigorosa, o processo de descarte de medicamentos vencidos.

“O DRS reforça que os itens estavam segregados em área destinada e identificada para produtos impróprios para futuro descarte. O procedimento e as justificativas para o descarte constam no Decreto nº 50.179, de 7 de agosto de 1968”, afirmou a nota.

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