Presidente do São Paulo evita cravar Zubeldía como técnico em 2025
Luis Zubeldía é o desejo da torcida, que gritou o nome do técnico no último jogo no estádio. É o desejo da diretoria, que avalia bem o trabalho do treinador. Mesmo assim, o presidente Julio Casares evita cravar com todas as letras que ele será o técnico do São Paulo em 2025.
O São Paulo de 2025 ainda depende do fator Libertadores. A classificação da equipe para a competição continental vai pesar na balança do planejamento e investimento da equipe.
Há o temor de cravar a permanência de Zubeldía por dois fatores principais: conquista da vaga e adequação financeira. O resultado esportivo em campo pode não bastar para a permanência do argentino se ele não topar o projeto financeiro, que será mais enxuto, do Tricolor na próxima temporada.
Pessoas da diretoria do clube entendem que prometer que Zubeldía fique pode dar ‘poderes’ ao treinador no momento de montar a equipe para 2025. Com uma declaração pública de permanência, o argentino pode ter mais exigências para o time, que teriam que ser cumpridas para que o mandatário mantivesse a palavra dada.
Ao mesmo tempo, uma catástrofe no fim da temporada, com diversas derrotas e a perda da vaga pode tornar o clima insustentável, fazendo com que nenhuma das partes queira seguir. Uma declaração pública agora garantindo a permanência pode ser usada futuramente contra o mandatário em um cenário como esse.
Nada impede, também, que o São Paulo acabe não se classificando para a Libertadores e Zubeldía continue. Mais vale para o Tricolor neste momento que o técnico entenda o momento financeiro diante das restrições do Fundo de Investimento e tope o projeto.
“Existe diálogo, existe verdade. Estamos felizes e não é porque perdeu uma classificação que está tudo errado. Zubeldía merece a nossa confiança, está super prestigiado. Agora, claro que o futebol é dinâmico. Mas não vejo nenhum tipo de risco neste momento. Ele está trabalhando. Tudo normal”, disse Julio Casares no início do mês, salientando o ‘futebol é dinâmico’.
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POR EDER TRASKINI