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ter. 15 out. 2024
REGIÃO

Produtores denunciam prejuízo por aplicação de herbicida com drone

Produtores rurais de Vera Cruz apontam a empresa de celulose como suposta responsável pela situação.
por Alcyr Netto
Denúncias afirmam que hortas na região de Vera Cruz foram prejudicadas por herbicida aplicado por drones (Foto: Divulgação)

Proprietários rurais de Vera Cruz afirmam ter perdido grande parte da plantação de hortifrúti depois que uma fazenda vizinha supostamente pulverizou herbicida com o uso de drone. Agora, eles dizem estar tentando recuperar a área. De acordo com a denúncia, a empresa de celulose Bracell, que cultiva plantação de eucalipto para extração, seria a suposta responsável pela situação.

A queixa aponta que a empresa teria pulverizado herbicida com os drones, tendo como alvo a própria produção de eucalipto. O resultado, contudo, teria sido desastroso, com a disseminação do veneno agrícola também nas propriedades vizinhas.

Cláudio Carmanhã da Silva, proprietário da Chácara Nossa Senhora de Fátima, localizada próxima à Fazenda Sete Marias, é um dos donos das áreas que teriam sido afetadas. Ele relata que no dia 12 de setembro sua produção agrícola de hortaliças como o alface, por exemplo, foi severamente afetada pela pulverização do herbicida. O homem conta que foram utilizados drones para a aplicação e que ventava forte no local, com os produtos químicos sendo levados para sua propriedade e de outros vizinhos.

“Eu tenho um hectare de horta, e eles não tomaram nenhum cuidado com a minha propriedade, com a dos vizinhos ou com o meio ambiente. Fizeram a pulverização de qualquer jeito, sendo que o vento não permitia nem o voo do drone, algo que o próprio responsável pela operação admitiu. Mesmo assim, pulverizaram”, denuncia Silva.

Produtores apontam prejuízo em hortaliças (Foto: Divulgação)

O produtor afirma que, após o incidente, entrou em contato com a Bracell, que enviou uma equipe ao local para verificar os danos.

“Eles reconheceram que a horta estava danificada e que o produto tinha atingido minha propriedade, mas pediram que eu provasse que foi o herbicida deles”, pontua o produtor rural.

Silva afirma que realizou uma análise laboratorial independente, cujos resultados teriam confirmado a contaminação da sua horta. No entanto, ele diz que a empresa ainda não apresentou os resultados de sua própria análise, apesar de ter passado mais de um mês desde o ocorrido.

“Fizemos nossa parte e apresentamos o laudo. Mas eles continuam empurrando com a barriga. Todos os dias meus advogados entram em contato e a resposta é sempre a mesma: ainda não temos o laudo, ainda não podemos fazer nada. Enquanto isso, o prejuízo é incalculável”, lamenta o produtor.

Silva afirma que perdeu toda a produção, que incluía variedades importadas de sementes destinadas ao mercado chinês e japonês, o que teria gerado um impacto financeiro significativo.

“Se fôssemos irresponsáveis, poderíamos ter vendido esses produtos contaminados e levado risco à saúde de muitas pessoas. Mas preferimos jogar fora e garantir a segurança de nossos clientes”, salienta o produtor de Vera Cruz.

Além dos danos econômicos, o produtor relata que a pulverização também trouxe problemas de saúde. Alguns moradores e funcionários tiveram desarranjo intestinal e algumas galinhas chegaram a morrer.

“Quando perguntamos se o produto era prejudicial à saúde, a resposta da Bracell foi que eles não sabiam. Uma empresa desse tamanho não sabe se o que está usando é prejudicial?”, questiona.

Diogo Sebastião de Oliveira também diz que lamenta os danos causados no pomar que cuida em sua área de lazer. Ele afirma que todas as folhas dos abacateiros caíram depois da aplicação aérea na região. Conforme o denunciante, as folhas que não caíram ficaram com aspecto de queimadas, e os pés de pitanga e manga também sofreram com o herbicida. A queixa aponta ainda que as abelhas desapareceram da região.

“Nós percebemos dois ou três dias depois, que também fomos atingidos pela deriva do herbicida. Não estamos mais vendo abelhas por aqui. Se isso se confirmar, isso é pior do que as quedas das folhas”, conta Oliveira.

Danilo representa oito propriedades prejudicadas (Foto: Divulgação)

O advogado Danilo Pierote, que representa oito propriedades de terras das imediações, afirma que está ingressando na Justiça em busca de ressarcimento.

“É importante ressaltar que esse problema decorre de operação desastrada e totalmente irresponsável. Aquela aplicação por drones provavelmente traria prejuízos aos vizinhos daquela propriedade. Temos laudos e atuação da Polícia Civil. Toda a vegetação foi prejudicada e buscamos o ressarcimento dos danos morais e materiais dos produtores”, afirma o advogado.

OUTRO LADO

Em breve nota, a Bracell informou que está apurando as informações e permanece à disposição das partes interessadas para eventuais esclarecimentos.

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