Justiça mantém prisão preventiva de acusado de abusar das próprias filhas por 11 anos
A 1ª Vara Criminal de Marília rejeitou o pedido de liberdade da defesa do pedreiro de 38 anos, acusado de abusar sexualmente das próprias filhas ao longo de 11 anos, e manteve sua prisão preventiva.
As vítimas são duas filhas do homem, que foi preso em maio deste ano, quando uma delas – já maior de idade – registrou um boletim de ocorrência contra o próprio pai.
No documento, segundo informações fornecidas na época pelo delegado Alessandro Marcos Kobayashi, a jovem relata que sofreu abuso sexual desde quando tinha apenas sete anos. O crime teria ocorrido por diversas vezes.
Na ocasião, a Polícia Civil tinha apenas o relato de uma vítima. A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), contudo, decidiu averiguar com outras crianças da família e descobriu que outra filha do pedreiro – ainda menor de idade – também teria sofrido abuso.
A decisão, que está publicada na edição desta terça-feira (24) do Diário Oficial do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), mantém o investigado preso durante os trâmites do processo.
DECISÃO
Para manter a prisão preventiva, o juiz do caso considerou que os crimes sobre os quais o homem é acusado são gravíssimos. O crime de estupro de vulnerável contra duas menores teria sido cometido contra as filhas do próprio agressor.
“Dada a reiteração comportamental, é grande a probabilidade de que, em liberdade, faça outras vítimas. Assim, indefiro o pedido e mantenho a prisão preventiva do réu. A negativa do pedido, significa a inequívoca interrupção do prazo de 90 dias, iniciando-se a contagem de novo interregno a partir desta data”, decretou o juiz.
A defesa alegou indevido recebimento da denúncia e argumentou que o depoimento da filha seria mentiroso e feito por motivo de vingança.