Escolha de Vanderlei Luxemburgo para técnico mostra falta de convicção no Corinthians
Vanderlei Luxemburgo foi o escolhido para comandar o Corinthians. Com argumento da experiência, o Timão o anunciou na segunda-feira (1º) após as recusas de Tite e Mano Menezes, e a refugada com Roger Machado. A verdade é que não há convicção na decisão e o presidente Duílio Monteiro Alves se mostrou ser uma marionete nas mãos de conselheiros e das torcidas organizadas.
Não se discute a competência de Luxemburgo. Ele sem dúvida está entre os três melhores técnicos da história do futebol brasileiro, com passagens pela Seleção e também Real Madrid, mas confesso não lembrar o seu último bom trabalho.
A escolha por Luxemburgo passa a ideia de mais pressão sofrida pelo presidente do que pela convicção que ele executará um bom trabalho. Duílio se mostrou um banana como presidente do Corinthians. No sábado, pouco antes do clássico com o Palmeiras, a imprensa noticiava praticamente o acerto com Roger Machado, mas a má repercussão nos conselheiros, torcida organizada e redes sociais, fez o Timão recuar.
O Corinthians se mostra tão bagunçado e sem planejamento que apenas na última semana, os jogadores foram treinados por Cuca, Fernando Lázaro, Danilo e agora Luxemburgo. O bom trânsito de Duílio me faz pensar que a temporada já está comprometida.
Luxemburgo vai ter um desafio nesse mês de maio. O calendário reserva confrontos contra Independente Del Valle, Fortaleza, Botafogo, São Paulo, Flamengo, Argentinos Junior e Fluminense, além do mata-mata das oitavas da Copa do Brasil com adversário ainda indefinido.
Luxemburgo pode até conseguir consertar a rota da temporada do Corinthians, mas sem convicção nas escolhas não há trabalho que se sustente por muito tempo.
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