Vacina bivalente chega a somente 12% da população brasileira
A cobertura da vacina bivalente contra a Covid está bem abaixo do esperado no país.
Uma picadinha rápida no braço para um alívio prolongado. “Eu tive Covid, então, para mim, a vacina é muito importante. Fico contando os dias para chegar e tomar minha dose”, conta a recepcionista Marise da Silva Almeida.
Na agenda do sábado (8), o compromisso com a saúde foi a prioridade dessa família.
“Aproveitar a oportunidade, a vacina está aí”, diz a dona de casa Fátima Rodrigues Meira Monteiro. “Depois de 700 mil mortes, a gente tem que se cuidar sempre”, alerta o consultor Antonio Carlos Monteiro.
No momento, podem receber a vacina bivalente quem tem mais de 60 anos; pessoas entre 12 e 59 anos, com algum tipo de comorbidade; indígenas, ribeirinhos e quilombolas; trabalhadores da saúde; além de gestantes e puérperas.
“Eu sou asmática. Sábado tirei para isso, para resolver já isso, porque quanto antes melhor”, fala a editora de vídeo Amanda Meira Monteiro.
O imunizante pode ser aplicado depois de quatro meses em que já tomou, pelo menos, duas doses da vacina contra a Covid.
A bivalente é uma versão atualizada dos imunizantes. Ela protege contra a cepa original, registrada na China, e também contra a variante ômicron. Mas, infelizmente, a adesão à vacina está muito baixa em todo país.
“O vírus sempre vai buscar estratégia para se adaptar. Nós, cientistas, sempre vamos buscar estratégias para combater o vírus. A gente precisa muito da ajuda da população”, pede o imunologista Gustavo Cabral.
Apenas 12% dos 63 milhões de brasileiros aptos a se vacinar procuraram os postos de saúde desde que a bivalente começou a ser aplicada, no fim de fevereiro. São Paulo é o Estado com maior número de imunizados, mas, ainda assim, a cobertura está em cerca de 20%.
Na tarde deste sábado (8), poucas pessoas foram a uma unidade básica de saúde na capital paulista; mesmo cenário do Rio de Janeiro e Fortaleza. Já no Recife, o movimento foi melhor e, em Campo Grande, teve fila para se vacinar.
“Agora, estou imunizado. Eu não deixo, toda hora que tiver vacina, que chegou minha idade, minha vez, eu venho aqui no posto”, fala o aposentado Galdinei Leite.
O imunologista Gustavo Cabral reforça que, apesar de não vivermos mais o pico de infecção da Covid, precisamos manter a nossa proteção em dia:
“A gente não pode baixar a guarda por causa das mortes, tá? E por causa dos danos que esse vírus consegue provocar.”
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Com informações do Jornal Nacional