Rodrigo Agostinho irá assumir chefia do Ibama
O deputado federal e ex-prefeito de Bauru, Rodrigo Agostinho (PSB), ainda não assumiu formalmente a presidência do Ibama, mas já tem atuado como chefe do principal órgão federal do Ministério do Meio Ambiente e das Mudanças Climáticas (MMA).
Nos últimos dias, Agostinho, que tem histórico de atuação em temas ambientais, participou de uma série de reuniões com a ministra Marina Silva. Nesses encontros, ele já apontou quais seriam os nomes mais indicados para assumir as diretorias do Ibama, como a que cuida de licenciamento ambiental e das ações de fiscalização contra o desmatamento.
Como seu mandato parlamentar vence no dia 31 de janeiro, a previsão é de que Rodrigo Agostinho tenha a sua nomeação oficializada no Diário Oficial da União após essa data. O nome do parlamentar já era cotado para assumir o posto desde o início da transição de governo, quando Marina Silva ainda fazia o diagnóstico do setor, com a sua equipe técnica. Agostinho atuou ao lado de Marina durante toda a transição.
No caso do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), órgão que cuida das unidades de conservação federais, a decisão de Marina é fazer um tipo de concurso interno, conhecido como “Comitê de Busca. Na prática, será feita uma pesquisa interna com os servidores, para encontrar o melhor nome entre os funcionários. A escolha de potenciais presidentes vai se basear em uma análise preliminar de currículo e, na etapa seguinte, aqueles escolhidos passarão por uma votação.
Nesta quinta-feira, 12, Marina Silva nomeou presidentes interinos dos dois órgãos, até que os nomes oficiais sejam efetivados. No Ibama, o comando passou a ser feito pelo servidor e analista ambiental Jair Schmitt. Há 21 anos no Ibama, Schmitt já foi coordenador geral de fiscalização ambiental. No MMA, atuou como diretor de combate ao desmatamento e florestas entre 2017 e 2019. Com a chegada de Rodrigo Agostinho na presidência, Jair Schmitt tende a ficar com uma diretoria do órgão.
No ICMBio, quem assumiu o comando interinamente é Marcelo Marcelino de Oliveira. Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal da Paraíba, Oliveira é mestre em Gestão e Políticas Ambientais pela Universidade Federal de Pernambuco. Analista Ambiental do ICMBio, Oliveira foi chefe de unidade conservação federal, coordenador do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiro e presidente substituto do ICMBio.
Rodrigo Agostinho é biólogo, ambientalista e advogado formado pela Faculdade de Direito de Bauru – Instituição Toledo de Ensino (2001). É mestre em Ciência e Tecnologia com ênfase em Biologia da Conservação pela USC e especialista em Gestão Estratégica pela USP.
Foi gerente executivo do Instituto Arapyaú (2016-2018) e é ex-prefeito do município de Bauru (SP). Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Público, Administrativo e Ambiental, e experiência em Águas, Mudanças Climáticas, Biologia da Conservação e Biodiversidade.
No Congresso, foi presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS) da Câmara dos Deputados (2019/2020). Integrou como titular a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN), Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR), Comissão de Desenvolvimento Urbano (CDU), Comissão de Minas e Energia (CME) e Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO).
Agostinho também coordenou a Frente Parlamentar Ambientalista do Congresso Nacional por três anos consecutivos e foi membro da Diretoria da Frente Parlamentar Mista Ética Contra a Corrupção.