Marilienses seguem em Brasília após atos de vandalismo
Pelo menos um ônibus com marilienses ainda segue em Brasília/DF após as manifestações deste último domingo (8), que terminaram com vandalismo e depredação do patrimônio público na capital do Brasil.
A última informação obtida pelo Marília Notícia era de que os moradores de Marília estavam em frente ao Quartel General (QG) do Exército. Contudo, a grande mídia já noticiou que o acampamento foi desmontado e os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro foram encaminhados para uma unidade policial, que investiga os atos antidemocráticos. Até agora, não há informação, porém, que haja marilienses no meio dos detidos.
O Marília Notícia entrou em contato com a empresa Unitur, com sede no Jardim Morumbi, zona Oeste de Marília, que confirmou ter levado um grupo da cidade para participar da manifestação em Brasília/DF.
“Eu não tenho informações novas. Teve gente que foi de ônibus de linha, fretado e também em vans. Nosso foi só um ônibus, mas têm mais por lá, de Marília e da região. Conversei com o motorista agora cedo [ontem pela manhã] e estava tudo tranquilo. O nosso veículo não foi apreendido e não estou sabendo de nenhum ferido ou detido pela polícia”, contou um funcionário da Unitur.
Um comerciante mariliense, apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), contou que esteve em Brasília/DF na Virada do Ano, mas retornou antes da manifestação deste domingo. Ele conta que, na ocasião, havia um clima de tensão muito grande e acredita que nenhum bolsonarista tenha se envolvido nos atos golpistas contra a democracia brasileira.
“Eles têm regras. Quando a desordem tem início, começa também gritos de ordem. No fim, se não forem infiltrados, eles acabam respeitando e entrando nos eixos. O último contato que tive, eles estavam apreensivos. O próprio Exército pediu que eles fossem para ônibus encaminhados à PF. Lembrando que são comerciantes da cidade, pais de família, cidadãos exercendo o direito de se manifestar”, diz o bolsonarista mariliense.
A informação de infiltrados nos movimentos antidemocráticos, contudo, é refutada pela situação. Canais de denúncia com as identidades dos extremistas têm sido reiteradamente divulgados.
O Marília Notícia tentou contato com a Polícia Civil do Distrito Federal e com a Polícia Federal (PF), para saber se algum mariliense foi detido durante os atos antidemocráticos, mas não obteve resposta até o fechamento desta reportagem.
A PF criou o e-mail denuncia8janeiro@pf.gov.br para receber informações sobre os envolvidos nos atos do último domingo. Os policiais federais seguem investigando os atos de vandalismo com a execução de ações de polícia judiciária, realização de perícias e mobilização de policiais federais de vários Estados do país para apoio às forças de segurança no Distrito Federal.
Em nota ao MN, a PF afirma que ainda não foi disponibilizado um balanço das atividades.