Madrasta do menino Bernardo diz que morte foi acidente
A madrasta do menino Bernardo Boldrini, Graciele Ugulini, afirmou à Polícia Civil que a morte do garoto foi um acidente que ocorreu porque ela exagerou na dose de calmantes dados ao enteado.
A versão dela contradiz com o que afirma a sua amiga Edelvânia Wirganovicz, que confessou participação no homicídio. Bernardo Boldrini, 11 anos, que morava em Três Passos (RS), desapareceu na tarde de 4 de abril deste ano. Dez dias depois, o corpo do garoto foi localizado numa cova rasa em um matagal em Frederico Westphalen, cidade gaúcha próxima a Três Passos.
Naquele mesmo dia, a Polícia Civil prendeu o pai e a madrasta do garoto, além de Edelvânia, por suspeita de envolvimento no crime. Graciele e Edelvânia são apontadas como envolvidas no crime e prestaram depoimentos em abril, dias depois da morte de Bernardo. Os vídeos com as declarações foram exibidos a noite deste domingo (20) pelo programa “Fantástico”, da TV Globo.
Na gravação, a madrasta negou ter aplicado uma injeção letal em Bernardo. Ela afirmou que deu calmantes e remédios para o menino dormir porque ele estava agitado durante viagem de carro para Frederico Westphalen, no norte do Rio Grande do Sul.
Ao perceber que o garoto não tinha pulso, Graciele, segundo sua versão, escondeu o corpo com a ajuda de Edelvânia e inventou para o pai dele, o médico Leandro Boldrini, que o enteado havia ido dormir fora de casa.
Para o Ministério Público, que ofereceu a denúncia, o pai de Bernardo atuou como “mentor” do crime, executado pela mulher. A suspeita é de motivação financeira. Ele nega envolvimento na morte.
Em seu depoimento, Edelvânia afirmou que o crime foi planejado por Graciele, que lhe ofereceu pelo menos R$ 20 mil para que a ajudasse a matar Bernardo. Ela disse, após a aplicação da injeção no menino, as duas jogaram soda cáustica para ajudar a dissolver o corpo.
Fonte: Folha