Após polêmica, Ajeka pede e Câmara deve exonerar assessor
A denúncia de lobby – pressão de grupo ou empresa privada para obter contrato ou vantagem junto ao Poder Público -, ato que teria sido praticado por um assessor do vereador Elio Ajeka (PP), gerou consequências no gabinete do parlamentar. O dentista pediu, no fim da tarde desta terça-feira (25), que a Câmara Municipal exonere o advogado Davi Yoshida de seu gabinete.
O pedido é uma resposta à crise política iniciada na sexta-feira (21), durante oitiva do prefeito Daniel Alonso (PSDB) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que apura a gestão da pandemia na cidade.
Queixa do assessor especial do governo, Alysson Alex, aponta suposta oferta indevida de máscaras, feita pelo assessor político ao secretário municipal da Saúde, Cássio Luiz Pinto Júnior.
Na tarde desta terça-feira (25), após pressões que sofreu na cidade – inclusive com a afixação de faixas nas ruas, cobrando explicações – Ajeka, que preside a CPI, encaminhou o pedido de desligamento à Secretaria Geral da Câmara.
A exoneração de Yoshida deve ser publicada na edição de quinta-feira (27) do Diário Oficial do Município de Marília (Domm).
A portaria ainda precisa ser assinada pelo presidente da Câmara, Marcos Rezende (PSD).
Questionado pelo Marília Notícia, Rezende confirmou a informação – de pedido protocolado – e disse que havia tomado conhecimento através da Secretaria da Casa. Mas, como estava fora da cidade, a publicação depende do seu regresso para a assinatura.
Ao MN, Yoshida afirmou que pediu a exoneração, mas não praticou lobby.
A reportagem procurou Ajeka, mas não teve retorno até o fechamento desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.