Marília pode ter 70% da população vacinada até fevereiro de 2022
Estudo aplicado nesta semana pelo professor Vitor Engrácia Valenti, doutor em Fisiopatologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Marília, aponta que o município pode ter 70% da população vacinada contra a Covid-19 até fevereiro de 2022.
Análise leva em consideração a população estimada de Marília – pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) -, de 240 mil habitantes, e a velocidade atual da campanha de imunização local, de acordo com o Vacinômetro da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
De acordo com o relatório, quando atingir o mínimo de 120 mil pessoas imunizadas, a cidade poderá voltar quase que ao normal. Mas o município ainda está longe da imunidade coletiva (de rebanho), que é de 50% a 70% da população, já que, seguindo a atual velocidade, isso pode ocorrer entre outubro de 2021 e fevereiro de 2022.
De acordo com os dados analisados até o dia 30 de abril, Marília contava com 26.228 moradores vacinados com duas doses e 18.112 pessoas infectadas. Ou seja, 44.340 (18% da população total) pessoas infectadas e vacinadas com com as duas doses.
“O objetivo dessa análise foi fazer uma estimativa de quando que a situação poderia ficar próxima do normal em Marília. Tivemos como base um modelo matemático publicado em 2020. Consideramos a situação próxima do normal no momento em que a imunidade coletiva – ou de rebanho – fosse alcançada. Isso gira entre 50-70% da população imunizada com duas doses, teoricamente”, explica Valenti.
Segundo o professor é importante pontuar que a imunidade coletiva é um conceito aplicado para entender a efetividade das vacinas na aplicação em massa. “Para a vacinação atingir 100% da população de Marília, caso a velocidade fosse mantida, isso poderia ocorrer entre setembro de 2022 e março de 2023”, completa.
Conforme o professor, os dados estimados ajudam a entender a velocidade da imunização, até porque a expectativa é de que ela acelere. “Caso uma análise no próximo mês indique um possível atraso da imunidade coletiva, isso é um indício de que a velocidade da vacinação sofreu comprometimento e não está dentro do adequado para controlar a doença”, conclui.
O modelo matemático utilizado no estudo, que foi publicado pelo professor em 2020, pode ser conferido [aqui].